sábado, julho 13, 2019

Sábado, 13.
Ontem apareceu o Rui. Lanchei e jantei com ele e o caudal de conversa parecia não findar mais. Hoje vieram a Gi e o Vítor e fomos almoçar a Setúbal. Amigos tão opostos que não só me premeiam com a sua amizade, como me engrandecem pela facilidade que possuo em fazer afectos tão diversos. Um está nos quarenta, outros nos setenta. Também aqui me é inspirador e revelador do espírito de liberdade e descontracção que mantenho. Contudo, ao olhá-los, estávamos todos nos nossos gloriosos vinte anos! Em certo sentido, é esta ligação de perenidade juvenil, que não é derrubada pelo tempo, que tento explicar em O Juiz Apostolatos.

          - Enfim, nem assim! Estive sentado a segurar duas mesas no Armando a partir das 12,45 esperando pelo casal meu colega dos tempos do Centro Universitário chegasse. Deu a uma hora e nada, 13,15 a fome começou a apertar, 13,30 mandei vir uma dose de sardinhas e fui até ao fim do almoço... só. Telefonava, o telemóvel deles não respondia. Olha o mostrador do meu e nada no ecrã piscava. Pelas três horas regressei a casa e até ao momento (18 horas) nada sei dos meus camaradas. Mas aprendi a lição. Não vai haver terceira. Já o mês passado com a família do João Corregedor aconteceu o mesmo: estive de guarda mais de meia hora, o restaurante a abarrotar e o mister Armado como lhe chamava o Carlos, manifestamente aborrecido com a cativação de 8 mesas e os clientes a chegar e a partir.


         - Esta frase certeira de António Costa que me deixou pasmado: “O Presidente da República pode acumular as suas funções com as de analista político. O Primeiro-Ministro não pode nem deve.” Que grande lição, que digo eu, que sapiente aula! Mágico espera pela resposta!