Sábado, 13.
Ontem
apareceu o Rui. Lanchei e jantei com ele e o caudal de conversa parecia não
findar mais. Hoje vieram a Gi e o Vítor e fomos almoçar a Setúbal. Amigos tão
opostos que não só me premeiam com a sua amizade, como me engrandecem pela
facilidade que possuo em fazer afectos tão diversos. Um está nos quarenta,
outros nos setenta. Também aqui me é inspirador e revelador do espírito de
liberdade e descontracção que mantenho. Contudo, ao olhá-los, estávamos todos
nos nossos gloriosos vinte anos! Em certo sentido, é esta ligação de perenidade
juvenil, que não é derrubada pelo tempo, que tento explicar em O Juiz Apostolatos.
- Enfim, nem assim! Estive sentado a
segurar duas mesas no Armando a partir das 12,45 esperando pelo casal meu
colega dos tempos do Centro Universitário chegasse. Deu a uma hora e nada, 13,15
a fome começou a apertar, 13,30 mandei vir uma dose de sardinhas e fui até ao
fim do almoço... só. Telefonava, o telemóvel deles não respondia. Olha o
mostrador do meu e nada no ecrã piscava. Pelas três horas regressei a casa e
até ao momento (18 horas) nada sei dos meus camaradas. Mas aprendi a lição. Não
vai haver terceira. Já o mês passado com a família do João Corregedor aconteceu
o mesmo: estive de guarda mais de meia hora, o restaurante a abarrotar e o
mister Armado como lhe chamava o Carlos, manifestamente aborrecido com a
cativação de 8 mesas e os clientes a chegar e a partir.
- Esta frase certeira de António Costa
que me deixou pasmado: “O Presidente da República pode acumular as suas funções
com as de analista político. O Primeiro-Ministro não pode nem deve.” Que grande
lição, que digo eu, que sapiente aula! Mágico espera pela resposta!