quarta-feira, junho 26, 2019

Quarta, 26.
Como vai o país do Mágico aos 26 dias andados do mês de Junho? Bem. Muito bem, se tivermos em conta a propaganda cada vez mais refinada do mestre ilusionista. Olhemos, sem lupa, que para o caso não é necessária: os homens dos transportes estão em protesto devido às péssimas condições em que as pessoas viajam após o Passe Mágico e às consequentes exigências em que trabalham; os magistrados em greve não obstante os fabulosos aumentos aprovados pelo PS/CDS/PCP; os oficiais de justiça também entraram em greve; assim como, pela primeira vez, os médicos de Medicina Legal; e os funcionários dos registos; para não falar nas paralisações anunciadas para o próximo mês. Que responde o Mágico? É a democracia a funcionar... Os cidadãos, os principais atingidos, não são para aqui chamados.

         - Isto diz o padre. O sacristão, veio ufano e diáfano, orgulhar-se do excedente nas contas do primeiro trimestre deste ano. Só não explica porquê. Fala da boa dinâmica da economia – e num tom mais baixo – do aumento de impostos, e em voz alta orgulha-se de ser o primeiro ministro a fazer tal feito depois de 1999. Esta última afirmação, foi para Bruxelas ouvir, porque o homem tem arrastado Portugal na enxurrada da sua ambição pessoal, deixando de rastos a saúde dos portugueses, o desenvolvimento público, a educação, os dois milhões de pobres, o custo de vida e impostos que não param de aumentar, o desinvestimento nas infra-estruturas ferroviárias, em novos equipamentos de toda a ordem, na função pública que está ao nível da sargeta, com o público quase a ser insultado por se aproximar dos mangas de alpaca na sua pacatez meditativa e servil, etc., etc. A estratégia dele e dos socialistas é esta: “vocês no tempo da toika suprimiram tudo”, esquecendo-se que quem trouxe a miséria da intervenção do FMI e dos outros, foi o gatuno socialista José Sócrates, a quem os portugueses imprevidentes deram a maioria, que sacou para ele e para os capangas, deixando Portugal na bancarrota. João Corregedor, agora que deixou o Parlamento, e vive o quotidiano como qualquer cidadão, dizia-me outro dia que eu tenho razão nas denúncias contínuas que faço ao funcionalismo público. Pois é, meu caro João, é andando cá por baixo que melhor se conhece a sociedade. A Assembleia é outro Portugal que raramente se cruza com este que agora estás a descobrir.  

         - De contrário, atente-se no que se passa em Viana do Castelo. O mordomo da câmara, solta os galões ditatoriais e impõe aos velhos em fim de vida, que sejam atirados pelas janelas dos locais onde vivem há décadas, porque a lei lhe confere o direito a ele, arrogante personagem de almanaque, para seu brilho e notoriedade e posteridade, faça... um mercado público! Em troca, cada infeliz indefeso, ele atufa-lhe os bolsos rotos de 75 mil euros!! Aqui se vê o desplante, a falta de respeito, o conceito de civilidade e humanidade que mora no coração dos ditos presidentes de câmara. E ainda a lei que lhe dará plenos direitos para tudo e mais alguma coisa, não foi outorgada!


         - Há outro jovem que vive na mesma linha de sagrada intervenção de Rui Pinto, preso por revelar os podres do futebol. Seu nome Miguel Duarte. Ele e a companheira, Pia Klenp, andaram na costa italiana a salvar vidas. O Governo de Salvini quer metê-lo na cadeia por “apoio à imigração ilegal”. Curioso, não é?