Quarta,
26.
Como
vai o país do Mágico aos 26 dias andados do mês de Junho? Bem. Muito bem, se
tivermos em conta a propaganda cada vez mais refinada do mestre ilusionista.
Olhemos, sem lupa, que para o caso não é necessária: os homens dos transportes
estão em protesto devido às péssimas condições em que as pessoas viajam após o
Passe Mágico e às consequentes exigências em que trabalham; os magistrados em
greve não obstante os fabulosos aumentos aprovados pelo PS/CDS/PCP; os oficiais
de justiça também entraram em greve; assim como, pela primeira vez, os médicos
de Medicina Legal; e os funcionários dos registos; para não falar nas paralisações
anunciadas para o próximo mês. Que responde o Mágico? É a democracia a
funcionar... Os cidadãos, os principais atingidos, não são para aqui chamados.
- Isto diz o padre. O sacristão, veio
ufano e diáfano, orgulhar-se do excedente nas contas do primeiro trimestre deste
ano. Só não explica porquê. Fala da boa dinâmica da economia – e num tom mais
baixo – do aumento de impostos, e em voz alta orgulha-se de ser o primeiro
ministro a fazer tal feito depois de 1999. Esta última afirmação, foi para
Bruxelas ouvir, porque o homem tem arrastado Portugal na enxurrada da sua
ambição pessoal, deixando de rastos a saúde dos portugueses, o desenvolvimento
público, a educação, os dois milhões de pobres, o custo de vida e impostos que
não param de aumentar, o desinvestimento nas infra-estruturas ferroviárias, em
novos equipamentos de toda a ordem, na função pública que está ao nível da sargeta,
com o público quase a ser insultado por se aproximar dos mangas de alpaca na
sua pacatez meditativa e servil, etc., etc. A estratégia dele e dos socialistas
é esta: “vocês no tempo da toika suprimiram tudo”, esquecendo-se que quem
trouxe a miséria da intervenção do FMI e dos outros, foi o gatuno socialista
José Sócrates, a quem os portugueses imprevidentes deram a maioria, que sacou
para ele e para os capangas, deixando Portugal na bancarrota. João Corregedor,
agora que deixou o Parlamento, e vive o quotidiano como qualquer cidadão,
dizia-me outro dia que eu tenho razão nas denúncias contínuas que faço ao
funcionalismo público. Pois é, meu caro João, é andando cá por baixo que melhor
se conhece a sociedade. A Assembleia é outro Portugal que raramente se cruza
com este que agora estás a descobrir.
- De contrário, atente-se no que se
passa em Viana do Castelo. O mordomo da câmara, solta os galões ditatoriais e
impõe aos velhos em fim de vida, que sejam atirados pelas janelas dos locais
onde vivem há décadas, porque a lei lhe confere o direito a ele, arrogante
personagem de almanaque, para seu brilho e notoriedade e posteridade, faça...
um mercado público! Em troca, cada infeliz indefeso, ele atufa-lhe os bolsos
rotos de 75 mil euros!! Aqui se vê o desplante, a falta de respeito, o conceito
de civilidade e humanidade que mora no coração dos ditos presidentes de câmara.
E ainda a lei que lhe dará plenos direitos para tudo e mais alguma coisa, não
foi outorgada!
- Há outro jovem que vive na mesma
linha de sagrada intervenção de Rui Pinto, preso por revelar os podres do futebol. Seu nome Miguel Duarte. Ele e a companheira, Pia Klenp, andaram na
costa italiana a salvar vidas. O Governo de Salvini quer metê-lo na cadeia por “apoio
à imigração ilegal”. Curioso, não é?