Domingo,
16.
Saul
Bellow é o Proust americano. Enquanto este forçava a memória de dentro para
fora, aquele fá-lo de fora para a interioridade devolvida ao leitor pelo crivo
delirante e fantasista-realista do autor de
As Aventuras de Augie March. Em ambos os notáveis escritores, a vivência
forma os alicerces sólidos do talento nato. Aprecio em prioridade Saul Bellow
porque é mais largo, mais abrangente da natureza humana, menos fechado sobre
si. Na obra de Bellow está a natureza humana inteira; na Proust um reduzido número
de aristocratas, uma atmosfera, um silêncio ruidoso.
- Jour
paisible, presque parfait. A lombalgia se não passou totalmente, já não me
chateia. Daí, esta manhã, após as regas e com o bom sol a reavivar os relvados,
atirei-me a meia hora sólida de natação. Aparentemente, nenhuma dor, nenhum
movimento travado, nenhum impedimento à loucura. Complemento de vitamina D com
mais trinta minutos a dourar este corpinho que os deuses admiram e alguns
massajam com um sorriso desafiador nos lábios...