sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Sexta, 24.
A nossa querida União Europeia não tardou a dar o dito pelo não dito para baixar a temperatura partidária em Portugal que ia galopante. Agora como, de resto, noutras alturas, veio avisar que há riscos para o sucesso da recuperação económica, no défice, na dívida pública, no cozinhado da nacionalização da TAP, na banca, no aumento do salário mínimo nacional, no crescente endividamento privado, no crédito mal parado, na falta de reformas que a nossa esposa afectuosa pretende que façamos. Tudo isto seria calamitoso de aceitar, se não estivéssemos a falar de lixo – a classificação que tem a economia nacional no contexto internacional. Logo, senhores governantes, humildade. Interiorizem que não somos ninguém na Europa, nem de um verbo de encher podemos reivindicar paridade. Portanto, chiu! (sendo a palavra onomatopeia, vai ao jeito do que se passa no Parlamento...)


          - As mimosas em flor estão por todo o lado. Olhá-las é afastar o olhar da lama que nos cerca dia-a-dia. Vivemos rodeados de imundice e muitos de nós nem damos conta disso. Falo dos dejectos verborreicos, da mentira repetida, do cinismo institucionalizado, da pobreza que repugna, da arrogância que flagela, da igualdade mentirosa da República, do “somos todos iguais na diferença”, nas leis totalitárias que aferem da justiça ao toque da tecla do computador, da massificação de olhos nos olhos expelindo raiva e ódio e pior que tudo no salve-se quem puder posto que Deus nos salva a todos.