Sexta, 3.
Ao nosso amigo endinheirado que costuma reunir-se
connosco na Brasileira, tentei eu pedir emprestada a soma de 700 euros para
acudir ao desastre do furo no cano da água. Fi-lo para me divertir e meter-me
com ele. Do que eu não estava à espera era da resposta que demonstra o humor
que ainda atufa o seu coração: “Eu estou impedido pelo banco de emprestar
dinheiro. – Então, porquê – perguntei, inocente. – Por causa da concorrência
desleal.” Pumcatrapum.
- Fecho
por hoje sem as calamidades do quotidiano, deixando além do apontamento humorístico,
o poético tirado por Robert nos dias de rigoroso inverno em Paris. Do meu quarto
parisiense, é esta a paisagem que me detém no limite do encanto e da emoção
quando chego à janela que dá para o Parque de La Courneuve.