Sábado, 9.
Se houve um extenso dia de trabalho de toda a ordem que terminou no fundo da piscina pelas nove da noite, foi quinta-feira. Não vou dizer que a pintura da dita cuja esteja uma maravilha, não está. Todavia, no estado de cansaço e dores de costas em que o fiz, mereço dizer a mim mesmo que és um valentão. “Helder, és um bravo rapaz!” Depois, no dia seguinte, fui observar a obra do artista e foi a grande desilusão. A piscina está transformada numa obra surrealista com aquelas manchas de azul dadas sem simetria nem sentido do traço. Tapei os estrados do tempo, as manchas dos ácaros e lodos, e transformei o tanque numa bandeira sem território nem vassalagem. Agora está a secar para daqui a oito dias poder enchê-la e mergulhar como quem se afunda num espaço de ninguém.
- É evidente que Benjamim Netanyahu tem o apoio que lhe permite abastecer-se de toda a Faixa de Gaza. Mesmo que o mundo, os israelitas, o seu próprio exército estejam contra, fala mais forte a força da cumplicidade, do compadrio, da corrupção e da ambição. Cada vez dou mais razão a Alexandra Lucas Coelho quando o ano passado disse que “Israel acabou. O futuro é da Palestina.” Eu tenho uma profunda simpatia pelo povo palestiniano. Um povo amachucado, humilhado, sem pátria e muitas vezes sem chão, que durante mais de cinquenta anos tudo suportou às mãos de governantes criminosos, que sempre o quiseram escorraçar da sua pátria, com a conivência da União Europeia, de alguns Estados árabes e da América. Para toda esta gente, o povo palestino não passa de um monte de dejectos que é preciso enterrar.
- Até agora, 11,00 horas, não se conhece se Putin abandonou os bombardeamentos à Ucrânia tal como lhe impôs o cómico Trump. É caso para dizer, que o ditador russo tem o peixe autocrata na mão.