Sábado, 30.
Esta manhã levei os meus amigos a visitar a Gulbenkian. Não passei da sempre admirável Paula Rego, considerando que quase tudo o resto pouco interesse tem para mim. Como continuo a considerar que o grande alpendre e a pala do arquitecto nipónico, estão ali completamente desvirtuados. Uma chinesice como diriam no séc. XV os chineses quando do envolvimento dos jesuítas por aquelas paragens.
- Em breve tornarei à minha santa rotina. Esta vida airada não faz o meu género, sobretudo quando arrastada por dois adolescentes em continuo agarrados aos telemóveis e por uma mulher vietnamita cujo pensamento, modo de reagir e filosofia de vida está nos antípodas da nossa forma de olhar o mundo e tudo o que nos rodeia. Sendo médica, é pelo dinheiro que escolheu a profissão. Pelos vistos, em França, a coisa rende.
- “A democracia não cai às mãos de assaltantes, começa por cair dentro de si. É o mau governo, a desigualdade, a corrupção, a indiferença social e a arrogância dos democratas e das esquerdas que são o viveiro das ditaduras, das aventuras da extrema-direita, de todos os populismos deste mundo.” António Barreto, Público de hoje.