Segunda, 14.
Se por algum tempo não nos podemos queixar do tempo, outros têm sofrido as suas investidas catastróficas. É o caso do Texas e Novo Texas. Há uma semana arrasados por tempestades demoníacas, que levou o rio Guadalupe a transbordar com oito metros acima das suas margens. As imagens que nos chegam são aterradoras, para cima de 100 pessoas morreram e entre elas muitas crianças de férias num acampamento. De igual modo, aqui perto, a martirizada Valência de novo sob chuvas torrenciais. Duas pessoas estão desaparecidas, centenas dormiram em abrigos de emergência, toda a Catalunha está em estado de alerta. Todos estes fenómenos, dizem os cientistas, são devidos às alterações climáticas.
- Este pobre país é um couto de corruptos. Está tudo alterado. Antes era a ralé miúda que ocupava a Policia com roubos de galinhas e massa nos supermercados; agora são os galifões que roubam aos milhões e constroem circuitos diabólicos como aqueles que José Sócrates montou para que os milhões se diluíssem no doce rio do tempo, passagens deste para aquele, aplicações aqui e acolá, numa teia difícil de saber quem é o maior ladrão entre tantos ladrões. A Judiciária, na companhia de agentes da UE, anda à caça de 20 milhões que desapareceram do PRR. Chamam-lhe Operação Nexus. Nesta cabala estão envolvidas universidades, empresas públicas e particulares da área de material informático e cibersegurança. Para tanto, foram realizadas cento e tal buscas realizadas por 300 inspectores. È Obra! Mas também a ladroagem hoje está instalada por todo o lado.
- Os fins-de-semana por aqui são extremamente extenuantes. Ontem, depois de ter andado a regar e apanhado um cabaz de ameixas pretas, ainda me deu para ficar horas de roda do fogão a transformá-las em compota. Deitei-me pela meia-noite. Como há mais de um mês ando a dormir como no tempo da minha juventude, despachei sete horas seguidas de sono e ainda me apeteceu readormecer ao som da TSF para acordar às oito e meia.
- Não resisto a transpor este excerto do artigo de Fr. Bento Domingues no Público de ontem “Rezar ou blasfemar?” Estas palavras decorrem do longo texto que só quem o ler distraído não percebe quão actual ele é no contexto judaico que vivemos. “Eu tiro a minha conclusão: o iaveísmo histórico veicula uma teologia nacionalista, por vezes, de uma extrema violência. Coloca na boca de Deus os interesses de um povo contra os outros povos. Este nacionalismo religioso blasfema.” Está tudo dito.