quarta-feira, julho 23, 2025

Quarta, 23.

Fui buscar esta tarde o novo Mac que adquiri segunda-feira com todos os programas e trabalhos vertidos para este maneirinho e mariconço computador. Vou levar uns dias a adaptar-me a ele e ao sistema operativo. E, todavia, tanta coisa há a debitar para a posteridade, sobretudo no que diz respeito à miudeza política que tomou de assalto a nossa inteligência. Espero não perder o fio à meada e ter tempo ainda para refrescar o juízo ao correr destas páginas. 

         - A câmara de Palmela é governada há uma data de anos pelos comunistas. Parece que o actual presidente está de saída por ter completado os mandatos da lei e, segundo oiço dizer, sempre foi um homem impoluto (já dos seus serventuários, cala-te boca). Contudo, do meu ponto de vista, tem andado distraído da gula dos proprietários de “casas” pois estas, apesar de serem mais sólidas que as barracas de Loures, são tão indignas como as que têm entretido as esquerdas nestes últimos dias. A coisa explica-se assim. Pelo menos desde há dois anos, que a uns cem, duzentos metros daqui, vi começar os meus vizinhos a alugar garagens e a comprar autocarros e caravanas para, com uma ligeira modificação, alugarem a brasileiros necessitados de um tecto. Caixas de ferro ferrugento contam-se pelos dedos de uma mão. Esta que aqui retrato, começou por ser depositada no terreno minúsculo, de seguida foi feito o murete, mais tarde abriram umas pequenas janelas e mais tarde ainda, montaram as ridículas persianas. Agora, há dois meses, começaram a forrá-la de cortiça como mostram as fotos, e foram ao luxo de exibirem a bandeira nacional à entrada do palacete!!!  


(amplie para os detalhes)

        - Estive na Brasileira hoje muito cheirosa. Paredes-meias com o famoso café, está uma agência do BPI. Entrei para levantar dinheiro. À frente de duas máquinas distribuidoras havia duas filas compactas. Daí a uns segundos, sendo o cheiro nauseabundo a bufas (estas contemporâneas), abri a porta de par em par para deixar arejar o pequeno espaço. De volta à esplanada contei aos velhotes a cena e logo eles começaram a contar histórias relacionadas com peidos, traques e outras miudezas da natureza intima de cada um de nós. Decididamente, as bufas não me largam. Possa!