Sábado, 6.
Por muito que Marcelo queira escapar ao favorecimento obtido pelo “Dr. Nuno Rebelo de Sousa, meu filho” (que ridículo! Esta gente nem se apercebe de quanta saloiice e provincianismo carrega e ainda por cima o homem nem médico é) o facto é que o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) agora divulgado, conclui que as gémeas brasileiras passaram à frente de outros doentes e foram tratadas em Portugal através de cunha do Presidente da República. O tratamento custou-nos quatro milhões de euros, mas isso pouca importância tem – o que importa é que ajudámos os pais amigalhaços e restituímos às duas crianças uma vida mais duradoura. Pois é. E os muitos pobres que o país tem completamente abandonados à sua sorte e os octogenários que têm a infelicidade de atingir essa idade e necessitam de operação mais complicada e onerosa e vêem recusada a verba pela Segurança Social só porque estão velhos? Eu conheço um caso.
- O heróico Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, resiste à litania de Netanyahu que devia ser julgado por crimes contra a humanidade, não se cala e quer esclarecimentos à morte dos sete voluntários da ONU pelas forças armadas de Israel. O ditador num regime que de democrático tem muito pouco, arrasou por completo um país inteiro, mata à fome e sob as armas o povo palestiniano, sem, contudo, obter aquilo que é a razão de tanta barbaridade: os reféns na posse do HAMAS.
- Em Taiwan conserta-se como se pode aquilo que o sismo não conseguiu reduzir a cinzas. Pela TV chegam-nos imagens catastróficas e aquele povo, talvez habituado aos tremores de terra, prossegue o seu dia-a-dia com serenidade q.b.
- Por cá segue a actividade política que, como se sabe, é a luta constante de galos pelo mesmo poleiro. Bem sei que começar a governar pondo de lado o logótipo de Eduardo Aires e as razões (frágeis) da sua construção, é muito pouco dignificante como primeira medida governamental. Por isso, já voltaram à rua professores e médicos, capitaneados pelo PCP e a viúva do BE, provando a sua pouca independência face às razões que lhes assistem. No fundo, para estes partidos, embora com outras designações, o que importa é manter vivo o célebre grito de Flora Tristan: “Proletários de todo mundo, uni-vos.” A inglesa estava longe de supor em 1843, quanto o seu grito se estenderia por séculos.