sábado, abril 06, 2024

Sábado, 6.

Por muito que Marcelo queira escapar ao favorecimento obtido pelo “Dr. Nuno Rebelo de Sousa, meu filho” (que ridículo! Esta gente nem se apercebe de quanta saloiice e provincianismo carrega e ainda por cima o homem nem médico é) o facto é que o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) agora divulgado, conclui que as gémeas brasileiras passaram à frente de outros doentes e foram tratadas em Portugal através de cunha do Presidente da República.  O tratamento custou-nos quatro milhões de euros, mas isso pouca importância tem – o que importa é que ajudámos os pais amigalhaços e restituímos às duas crianças uma vida mais duradoura. Pois é. E os muitos pobres que o país tem completamente abandonados à sua sorte e os octogenários que têm a infelicidade de atingir essa idade e necessitam de operação mais complicada e onerosa e vêem recusada a verba pela Segurança Social só porque estão velhos? Eu conheço um caso. 

         - O heróico Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, resiste à litania de Netanyahu que devia ser julgado por crimes contra a humanidade, não se cala e quer esclarecimentos à morte dos sete voluntários da ONU pelas forças armadas de Israel. O ditador num regime que de democrático tem muito pouco, arrasou por completo um país inteiro, mata à fome e sob as armas o povo palestiniano, sem, contudo, obter aquilo que é a razão de tanta barbaridade: os reféns na posse do HAMAS. 

         - Em Taiwan conserta-se como se pode aquilo que o sismo não conseguiu reduzir a cinzas. Pela TV chegam-nos imagens catastróficas e aquele povo, talvez habituado aos tremores de terra, prossegue o seu dia-a-dia com serenidade q.b. 

         - Por cá segue a actividade política que, como se sabe, é a luta constante de galos pelo mesmo poleiro. Bem sei que começar a governar pondo de lado o logótipo de Eduardo Aires e as razões (frágeis) da sua construção, é muito pouco dignificante como primeira medida governamental. Por isso, já voltaram à rua professores e médicos, capitaneados pelo PCP e a viúva do BE, provando a sua pouca independência face às razões que lhes assistem. No fundo, para estes partidos, embora com outras designações, o que importa é manter vivo o célebre grito de Flora Tristan: “Proletários de todo mundo, uni-vos.”  A inglesa estava longe de supor em 1843, quanto o seu grito se estenderia por séculos.