quarta-feira, janeiro 28, 2015

Quarta, 28.

O maître à penser de Príncipe, Hermínio Martins, faz um posfácio interessante ao livro do meu amigo. De realçar o abismo na forma de escrever de um e outro, assim como o facto de Martins, a exemplo de muitos intelectuais, partir desvairado nos patins do seu conhecimento, deixando para trás o nobre João Príncipe que, de resto, só cita duas vezes em dez páginas. Nas suas linhas, embora poucas, percebe-se que não gosta nada de Heidegger, assim como de outros escritores ligados ao grupo Círculo de Viena que Príncipe desenvolve com desenvoltura. Eu se fosse versado em Epistemologia, veria no texto de Hermínio Martins o leit-motiv para um estudo aprofundado não só de António Sérgio como de toda a filosofia que se ocupou do ensino desde os finais do século XIX a meados do século XX. Porque as bases estão lançadas no posfácio, só precisa de “puxar” cada um dos autores citados, as correntes filosóficas traçadas, e deixar fluir os conhecimentos colhidos ao longo dos anos de estudo. Sim, é verdade que Príncipe dá-nos um António Sérgio mais profundo, menos conhecido, longe das querelas partidárias e do aproveitamento que os políticos e intelectuais, sobretudo os ligados ao Partido Socialista e aos homens da Seara Nova do tempo de Salazar e Caetano, mas lamento que tivesse posto de lado um certo misticismo que havia em Sérgio e em Pascoes e que ele cita sem citar, a galope para entrelaçar influências e delimitar barreiras ideológicas. rgio ﷽﷽﷽﷽﷽tudo aprofundado nao logia veria no texto de Hermuais, partir desvairado nos seus pontos de vista deixando para trcomo