Domingo, 25.
Encontrei-o no Corte Inglês. Na sequência
de uma hora de commérages, disse-lhe:
“Tu sentes-te só, mas só frequentas flausinas.” Devolveu-me um sorriso
triste.
- Aquele que é divinizado do
arcebispo Marcelo ao presidente da República que até o condecorou, é na
realidade um belo exemplo para a juventude ao pontapear e soquear o adversário
em campo. Espero que lhe atribuam outra condecoração, desta feita, a Ordem de
Mérito.
- Mon bonheur était réellement fait du
même secret que le bonheur des songes, il était fait de la liberté de vivre en
même temps tout ce qui fut jamais imaginable, de substituer en se jouant le
monde interieur au monde extérieur, de déplacer le temps et l´espace comme des
portes à glissière. Para
os leitores, digamos, conhecedores de literatura, o texto que acabo de
apresentar, parecer-lhes–á de Proust. Mas não é. É de Hermann Hesse.
- Ontem apareceu aí de imprevisto o Príncipe. Almoçámos em Setúbal um
peixe fresquíssimo e depois fomos à Figueirinha apanhar sol. Mar calmo, dia de
um azul tentador, pouca gente, paz. De regresso aqui, uma hora e tal a dar-lhe
a conhecer o desastre do seu livro. Não fiquei convencido que ele tivesse
aceitado as minhas correcções. O meu português é demasiado "clássico" para o seu
falar moderno, quero dizer, abrasileirado.
- As primeiras sondagens, dão perto de 40 por cento dos votos ao Syriza.
Merkel deve ter estrebuchado. Todos os
confortados deputados euro-não-sei-o-quê tremido.