domingo, janeiro 25, 2015

Domingo, 25.
Encontrei-o no Corte Inglês. Na sequência de uma hora de commérages, disse-lhe: “Tu sentes-te só, mas só frequentas flausinas.” Devolveu-me um sorriso triste. 

         - Aquele que é divinizado do arcebispo Marcelo ao presidente da República que até o condecorou, é na realidade um belo exemplo para a juventude ao pontapear e soquear o adversário em campo. Espero que lhe atribuam outra condecoração, desta feita, a Ordem de Mérito.

         - Mon bonheur était réellement fait du même secret que le bonheur des songes, il était fait de la liberté de vivre en même temps tout ce qui fut jamais imaginable, de substituer en se jouant le monde interieur au monde extérieur, de déplacer le temps et l´espace comme des portes à glissière. Para os leitores, digamos, conhecedores de literatura, o texto que acabo de apresentar, parecer-lhes–á de Proust. Mas não é. É de Hermann Hesse.

         - Ontem apareceu aí de imprevisto o Príncipe. Almoçámos em Setúbal um peixe fresquíssimo e depois fomos à Figueirinha apanhar sol. Mar calmo, dia de um azul tentador, pouca gente, paz. De regresso aqui, uma hora e tal a dar-lhe a conhecer o desastre do seu livro. Não fiquei convencido que ele tivesse aceitado as minhas correcções. O meu português é demasiado "clássico" para o seu falar moderno, quero dizer, abrasileirado.  


          - As primeiras sondagens, dão perto de 40 por cento dos votos ao Syriza. Merkel deve ter  estrebuchado. Todos os confortados deputados euro-não-sei-o-quê tremido.