Sábado, 2 de Setembro.
Agitam-se os impolutos candidatos a Belém. De todos os nomes, incluindo António Guterres que lamento não ter grande estima pelo seu trabalho na ONU, o que mantém o sorrisinho pateta acaba de jurar que daquele néctar não beberá. E faz muito bem. Porque não acredito que haja em Portugal um só português (à excepção dos seus correligionários) que votasse nele. O homem tem lata para tudo e pensa que nós temos memória curta e estamos saudosos dos altos serviços que prestou à Pátria. O patife.
- O Governo de António Costa, tem ao seu serviço um naipe de senhoritas ministras de uma mediocridade assustadora (o rebanho cumpre 50-50 por cento que a moda impõe e daí o resultado). Talvez a que posso excluir do anátema, seja a simpática e equilibrada senhora Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial. A ministra da Justiça e, sobretudo, a da Habitação, fazem pena. Esta como não tem conhecimentos nem capacidades para o desempenho do cargo, anda a pedir mais uma esmola à UE para retirar os que dormem ao relento, embora tendo trabalho, dessa confrangedora e humilhante situação. O programa de construção de casas, foi ferido de morte com a reprovação de todos os partidos e do Presidente da República. A senhorita, arrogante, despachou-se a dizer: “avançará apesar de tudo e de todos”.
- Esta governação é tão boa, que a rentrée começa com greves dos professores, médicos, função pública, transportes e passo.
- Permitam-me uma nota de esperança. Apanhei esta tarde o primeiro dióspiro maduro. Mas não fui o primeiro a prová-lo; antes já um ou mais pássaros o tinham feito.
- Esta manhã caíram as primeiras chuvas. Apesar do tempo não ter refrescado, dei-me ao descanso e não reguei. Tenho a lenha toda recolhida e a que possuo deve dar para todo o Inverno. O trabalho de carregar a madeira é custoso, mas, curiosamente, eu adoro fazê-lo. Porque enquanto ando de um lado para o outro, vergado ao peso do carro, passo-me inteiro para as noites agradáveis ao canto do lume. Essas recordações renovadas todos os anos, são horas de infinitos pensamentos, construções de coisas, imagens que assomam de todos os lados e dos mais recônditos confins do mundo.
- Apetece-me fazer loucuras, escrever desvarios, entrar num mundo distante do meu, num local onde haja todas as fantasias, orgias, pecados.