domingo, setembro 17, 2023

Domingo, 17.

Fui ao Auchan. Na caixa de pagamento, eu e um rapaz de uns 15 anos, com ar infeliz e humilde. Como ele tinha apenas uma sandes e uma bebida de lata, ofereci-lhe passagem. A dada altura vejo-o a rebuscar nos bolsos o necessário para pagar o que tinha nas mãos. Disse ao empregado que pusesse na minha conta a despesa. O rapaz agradeceu-me, surpreendido e (deu-me a impressão) um pouco apoquentado. Depois de ter pagado as minhas compras, dirigi-me ao parque de estacionamento e que vejo eu ao fundo do super, o rapaz. Que me esperava para me agradecer. Fiquei tão comovido que tive dificuldade em conter as lágrimas. Desapareci, literalmente. 

         - Outro dia ouvi o discurso do estado da União pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. Que sorte a nossa termos tido neste momento dificílimo em que nos encontramos, uma líder corajosa e lucida. Enfrentou os grandes como a China com palavras arrojadas que, de resto, têm marcado a sua liderança. Espero e desejo que seja reeleita. 

         - Um pormenor mais um entre centenas, da forma de governar de António Costa, assente na propaganda descarada e na certeza de que os portugueses não merecem melhor ou são tão patetas que comem o que lhe dão. Todos ouvimos o primeiro-ministro afirmar que os jovens, todos os jovens até aos 23 anos, iriam no próximo ano beneficiar de um passe de transporte gratuito. Horas depois, através do seu ministro do Ambiente, veio-se a saber que afinal não é bem assim. Só são abrangidos pela notícia os estudantes e mesmo assim só alguns e não todos os jovens como disse Costa. Quanto ao passe para deficientes, nem uma palavra. Por aqui se percebe que, sendo o homem só estratégias; primeiro para ficar na história como o primeiro-ministro que trouxe o PCP para a governação e o resultado da geringonça ainda hoje o suportamos; depois pela propaganda que fez dele o líder europeu da aldrabice, por aqui se percebe, quando na desolação partidária que temos, eu dissesse que é preferível tê-lo a ele, mas sem maioria bem entendido. Foi esta que o destruiu embora os seus eleitores esperassem mais do homem e não suportem hoje a imensa desilusão. 

         - Os portugueses nunca foram sólidos no râguebi, mas conseguiram entrar, julgo que pela primeira vez, no Campeonato do Mundo da modalidade. Logo nas televisões e por toda a parte se ouviu falar que os “lobos” eram os maiores, que iam dar cabo da equipa contrária o País de Gales. Os franceses que são fortes na modalidade, têm o hábito de chamar aos seus jogadores grosses fesses. Na realidade, aquilo são monstros, coisa que os nossos, coitados, não passam e bem de atléticos. Com este pormenor, naturalmente, de somenos importância: perdemos por 8-28.  

         - Não parou de chover e forte. Mesmo assim fui apanhar dióspiros e uvas. Como a produção é muita, vou fazer a experiência de transformar em compota o maravilhoso fruto. Uma parte levou esta manhã o Raul.