segunda-feira, setembro 18, 2023

Segunda, 18.

Estou em Lisboa sem vontade de aqui estar. Estou sentado ao computador desejoso de não escrever. Espreitei o romance e desisti. Poderia ter ficado o dia a admirar a elegância no vestir do senhor Castilho se ele não me tivesse deixado pelo midday. Esta apatia é decerto restos do golpe de frio de outro dia. Na verdade a febre só aconteceu ao deitar e quando acordei até hoje nunca mais tive temperatura anormal. Poderia falar do nosso país, mas é tão enfadonho repetir-me. Voltar ao Green como tábua de salvação e enobrecimento, é sempre uma hipótese desejada. 

         - E todavia. A vulgaridade da nossa classe política não permite. Marcelo parece que fez um aviso a uma jovem portuguesa no Canadá onde está em visita de Estado. A rapariga exibia um decote exposto sujeita a contrair frio que entretanto se havia levantado. Logo a deputada socialista Isabel Moreira, a do PAN, todas as feministas mais o feministo do Livre vieram acusar o Presidente de “sexismo”. É mesmo não ter tema ou querer subir na idoneidade política há muito perdida. No entanto, quando o Presidente trolaró, afirma que “Portugal é bacalhau, fado e Cristiano Ronaldo”, ninguém se indigna. Cambada de idiotas.  

         - A Inteligência Artificial que os nossos pategos tanto louvam, já fez em todo o mundo 300 milhões de desempregados. Só em França, há uns meses, foram 300 duma vez para a rua, quando a empresa onde trabalhavam foi adquirida por um fundo americano. 

         - Na Líbia, a martirizada Líbia de que todos se serviram quando Kadhafi a governava, morreram 11 mil pessoas e 10 mil estão desaparecidas devido ao dilúvio e a duas barragens que se desfizeram como baralhos de cartas.