segunda-feira, setembro 21, 2015

Segunda, 21.
O Syriza no singular esquema eleitoral existente na Grécia, ganhou as eleições. Enfim, porque as venceu tout court. Todavia, não com maioria o que vai levar Tsipras a coligar-se com a direita. É como se todo o desassossego que foi num crescendo desde que ele subiu ao poder tivesse sido uma inutilidade, porque a dança ainda não acabou e não sabemos se os dois parceiros dançam até ao fim acertados ou se vão chamar outros dançarinos. Dançar durante quatro anos cansa o mais aficionado.

         - O Papa Francisco está em Cuba e dali segue para os Estados Unidos. Um milhão de fiéis assistiu à missa campal e o país inteiro recebeu-o de braços abertos agradecendo-lhe os esforços que fez na reconciliação dos dois vizinhos desavindos há meio século. Contudo, nas palavras que dirigiu à multidão, não deixou de alertar para a fúria consumista que poderá advir da retoma das relações diplomáticas o mesmo a dizer dos negócios. Aos políticos advertiu que eles devem estar ao serviço das pessoas e não das ideologias partidárias. Escutá-lo-ão eles? Não creio. E se forem ou se se dizerem católicos, ainda pior.

         - O momento parece ser o da diplomacia no tocante à Síria. Os Estados Unidos pressionados pelo drama europeu, ressuscitaram da morte e querem ser mais intervencionistas, quer dizer, pretendem correr com Bashar al-Assad. Acontece que os russos desde a primeira hora que apoiam o amigo e têm ideias e estratégias diferentes dos americanos. Eu inclino-me para Putin dado que temo que tenhamos ali mais uma réplica líbia. Depois, todos sabemos como terminam as intervenções de “libertação” levadas a cabo pelos E.U.A.. Mais: eles querem julgar o presidente Assad. Julgar? A que propósito quando não o fizeram com George Bush e a choldra europeia que o apoiou.  

         - Título para um romance da história dos migrantes: Deixados por Sua Conta.

         - Sábado passei a manhã no sopé da Serra da Arrábida. Fui como vou todos os anos por esta altura em busca de nozes. Trouxe dois sacos delas e no caminho encontrei muita madeira seca que decidi transportar também em duas idas de bagageira cheia. Ontem, estive a prepará-la com a serra eléctrica e arrumei-a de seguida debaixo do telheiro. Este ano não vou necessitar de comprar lenha – uma economia considerável.


         - Vou despachar-me para Lisboa. Tenho um encontro com uma amiga de longa data que não vejo há muito tempo.