domingo, setembro 13, 2015

Domingo, 13.

Estranho a adesão do luminoso Alexandre Quintanilha ao programa de António Costa. Penso pelo que li no Público, que ele está a ser um pouco ingénuo ao acreditar nas premissas que o actual homem forte dos socialistas oferece. Eu se fosse a ele não ia por aí. Ia lá atrás às razões e aos modos que o levaram ao lugar. Porque a natureza humana não se apresenta aos soluços, ela é um todo indivisível. O espectáculo do derrube de António Seguro, a falta de ética, o poder a qualquer preço, incluindo a impreparação, toda a argumentação que como um tractor levou na dianteira o esforço do seu antecessor, a sua honestidade, a aprendizagem, o percurso dificílimo na altura, a dignidade como o atravessou, foi liquidada numa penada como se Seguro não fosse ninguém e o seu trabalho uma inutilidade que em nada contribuiu para Portugal, para os portuenses e para o próprio Partido Socialista. Melhor fora, se me é consentido afirmar, que ele se dedicasse à quotidiana vigilância, ao parecer apaixonado e desvinculativo do caldo partidário, a escrever e a incentivar a sociedade, a exercer a lúcida orientação pessoal como até aqui tem feito.