quarta-feira, outubro 21, 2015

Quarta, 21.
António Costa não tem estofo para o actual momento nacional. A esquerda, enfim, em vantagem, exigia alguém com capacidade de decisão, convicção e pouco agarrada à filosofia política que tem pautado gerações pós-25 de Abril. As ovelhinhas socialistas também não perceberam o que se passou nas últimas eleições e, agarrados à rotina da alternância, não entenderam que ou seguram a chance ou vão perder a oportunidade de provarem que são capazes de fazer melhor ligados por um cordão como nunca foi possível beneficiar.  Costa só pensa nele e nas suas ambições. A verdade é que a história não dá segunda oportunidade. O Portugal dos pequeninos é hoje uma choldra que a todos entretém em noites e dias de patuá ou uma “mestificação” para falar o português do primeiro-ministro.

         - Por aqui, uma nova lei, retoma a moda da minha infância: a dos ditados. As crianças vão ser obrigadas a aprender como nós aprendemos e parece que o método é muito mais eficaz que as tendências “revolucionárias” dos últimos tempos, quero dizer um ditado por dia. Os próprios alunos acham que aprendem melhor a não dar erros ortográficos. Bem cantava o saudoso António Mourão: Ó tempo volta p´ra trás...

         - Na santa terrinha, governada por analfabetos, o português deixou há muito de ser o pilar da identidade, substituído pela fúria da rataria em busca do queijo vantajoso. Extraí de um jornal estes nacos de prosa que atestam a indiferença e até a criação de uma nova forma de roncar entre as classes de roedores:

         “O espírito livre funde-se com os 70´s, no seu feeling mais nómada e boémio.”
        
         “Elegância sem comprometer o conforto. Inspirações grunge, utilitárias, militares e góticas remontam aos 90´s. Prevalece o styling mais masculino...”
        

         E esta que é uma risada não só de estupidez como de português periférico: “Todas temos um life saver, e os modelos clássicos são o nosso. Escolhas seguras mas sempre um update. Pumps, botas de cano alto, biqueiras quadradas e bicudas.” Caetera.