sábado, dezembro 06, 2025

Sábado, 6.

É uma tristeza abrir os jornais e constatar a pobreza moral a que Portugal chegou. A corrupção está por todo o lado, o abandono das pessoas à sua sorte contínuo, instalou-se uma espécie de aceitação ou lassitude que tudo engrandece transformando a sociedade numa comunidade de gente rendida, gasta, impotente. Aqui e ali, puxando a brasa à sua sardinha ideológica, alguém grita que no tempo da outra senhora também havia corrupção e compadrio, para desculpar ou encobrir o que hoje impera sem interrupção em todo o país. Os arautos das doutrinas humanistas, não querem ouvir falar dos dois milhões e meio de pobres que vergonhosamente persistem, da juventude alienada a valores supérfluos, deitada numa fantasia que a vai fazer sofrer e aderir a ideais extremados, os pobres escumalha na extremidade da sociedade que os dispensa por demasiado caros e inoportunos, os velhos deixados à antevisão da miséria, os imigrantes – como me dizia no fertagus uma santomense – vivem pior aqui que nos seus países, deixados à sua sorte por aqueles que pregam a doutrina do humanismo e dos Evangelhos (“vinde a mim os infelizes”), para depois taparem os olhos quando os vêem na rua com mantas de cartão a cobrirem-se do frio, da vergonha e slogans que lhes prometem aquilo que sabem nunca alcançarão. A esquerda chique não passa disso mesmo – um punhado de fala-baratos, que não descola do tempo do fascismo, não compreende a sociedade de hoje, vive embrulhada no conforto das suas ideias ocas, sonhando com a ressurreição de Marx, Lenine e Estaline. Não se aguenta, é insuportável, vazia, faz dó. É dela que saem os Venturas e os ditadores que em breve governarão o mundo. Fala, rapaz, estás cada vez mais de direita – bichanam os que estão cada vez mais de esquerda. 

         - O nosso almirante, candidato a Belém, saiu-se com esta: "Se a ministra da Saúde está a falhar, o primeiro-ministro também está", portanto ele se encarregará da sua substituição. Dou-lhe um conselho: Não vá por aí se chegar a Presidente da República – comem-no vivo. E se António Costa voltar com o seu Ministro da Saúde, vai ter de cumprir o que diz. Não me admira que na segunda volta, os comunistas apõem o homem das vacinas. 

         - Vimo-nos livres daquela figura sinistra, viúva de muitos séculos, mas não nos vimos livres do imposto Mortágua, dito IMI, mais uma bela obra da encardida geringonça. Já agora, uma pergunta inocente: porque razão no tempo da geringonça não houve greves e muito menos gerais como a que nos anuncia o PCP que consigo empurrou outros sindicatos? O direito à greve, devia ser repensado, porque ele é feito segundo os interesses políticos dos partidos e nunca dos trabalhadores que, querendo trabalhar até porque não o fazendo não recebem, ficam impedidos. Outra pergunta ainda mais inocente: porque é que ao longo dos tempos, tantos sindicados foram aparecendo quando antes praticamente haviam dois valentes: CGTP  e UGT?  

         Que dizer do apoio da FIFA a Trump - uma vergonha a demonstrar de que lado está a associação dos futebolistas e seus interesses comuns.

         - O senhor José andou aí e fez um trabalho notável ao dizimar de raiz as silvas, algumas grossas como pulsos, serpenteando sobre as laranjeiras. Custa-me caro, privo-me de muita satisfação, mas não choro o dinheiro que lhe passo para as mãos.