domingo, dezembro 21, 2025

Domingo, 21.

Lá fomos, sob chuva e trânsito medonho, a Alcabideche para assistir à missa de corpo presente em louvor do Guilherme Parente. Não conhecia aquelas paragens e muito menos a empresa americana que me dizem tomou conta do negócio da morte e tudo o que ela envolve e como produto o corpo humano associado ao acontecimento social no momento da descida à terra. Não sei quanto é que aquilo custou, sei que o serviço foi impecável. Ponho de parte tudo a que assisti, e quedo-me pelo final quando a filha do Guilherme, Maria, agradeceu aos presentes a presença. Nas suas costas estava uma tela do pai invocativa da ressurreição de Lázaro (João, versículo 11) por quem o artista tinha especial devoção. Acontece que a Maria escolheu aquele quadro-presença do pai e só depois veio saber que Guilherme faleceu no dia de S. Lázaro, 17 deste mês. Não há coincidências, há mistérios que não se explicam e são por isso mesmo aqueles que nos cobrem de esperança. 

         - Os nossos inteligentes e honrados políticos que em Bruxelas trabalham que se desunham, renderam-se às leis jurídicas, e não compreenderam, mais uma vez, que Putin não parará na retoma da Ucrânia e quererá acabar com a União Europeia e fazer voltar ao império soviético os países que o tresloucado (como eles dizem) Gorbatchov permitiu separar da grande Rússia. Quem traduz a burrice, é Teresa de Sousa quando considera que “Era uma decisão política (o apoio financeiro à Ucrânia), não era um debate jurídico como alguns quiseram fazer querer. Fredrich Merz e Von der Leyen defenderam este mecanismo. Uma maioria ampla de países-membros estava disposta a apoiá-lo, mas bastou Orbán e um homenzinho da Flandres para obstar. Assim não são os milhões da Rússia congelados nos bancos Belgas que aguentarão os custos da guerra, mas os impostos dos países membros da UE. Putin e Trump, Orbán e De Wever, e mais uns quantos rejubilam. Quanto mais cretinas forem as decisões europeias, melhor para a reviravolta que está a acontecer no mundo.