sexta-feira, fevereiro 07, 2025

Sexta, 7.

O prometido é devido ainda que o assunto seja um nojo. Enfim, forma de falar. Porque os gostos do senhor Nuno Pardal são o que são e a lei não os proíbe. Segundo o Observador, o camarário da Câmara de Lisboa, tinha conhecido um garoto numa plataforma (tenho de me informar qual porque a minha curiosidade é mais que muita) de engate homossexual (eles, para disfarçar, chamando-lhe de encontros). Segundo penso, esta é controlada e não devia aceitar bisbilhoteiros com menos de dezoito anos. Ora o rapaz tinha quinze. Portanto, não é culpa do amoroso a excitação que se estabeleceu entre ambos. Perante isso, do meu ponto de vista, era o moço que devia pagar ao matulão; todavia aconteceu o contrário. Bom. Aqui entra a lei que proíbe a pedofilia, como se nos dias de hoje, com o avanço da juventude e a carga de informação e excitação que sai dos computadores, dos telemóveis, das conversas quentes entre os jovens, não os tornassem homens mais cedo, mais depressa do que nós há quarenta anos. Aos quinze anos, uma rapariga ou um rapaz sabe muito bem o que quer, como fazer as coisas, o instinto está activo, os cromossomas expostos mais cedo às loucuras da descoberta da sexualidade, estimulados por uma panóplia de fatores. O que há de curioso neste facto hoje corriqueiro, é o montante que o emissário do Chega à autarquia deu ao nubente (chamemos-lhe assim...): vinte euros! Não sei o que eles fizeram. Que diabo, se o rapaz cumpriu, se foi suficiente sedutor, preencheu todos os lugares que ardiam no fogo do prazer, então a soma devia ser paga em consonância... Depois, sobra deste episódio, uma vergonha muito mais vergonhosa e digna da nossa litania: o facto de Nuno Pardal Ribeiro ter em tempos, ao lado do chefe André Ventura, pedido a castração para os pedófilos.    

E temos o outro, deputado dos Açores, José Paulo Sousa, apanhado a conduzir com 2,5 de alcoolemia no sangue. Os açorianos andam de cabeça baixa por dois dos seus concidadãos, ambos do Chega, colocados em cargos púbicos, terem saído um ladrão de malas, outro bêbado a cair pelas ruas da ilha das Flores. Eu já estive várias vezes na ilha de S. Miguel, tenho amigos lá, fiz, inclusivamente, parte do grupo que se ocupou do projecto da Casa-Museu Natália Correia, em Ponta Delgada, a convite da Cultura da autarquia e daí saber o suficiente para afirmar que estes senhores são ovelhas ronhosas que não merecem confundir-se com as nobres populações das várias ilhas do arquipélago.