quinta-feira, fevereiro 13, 2025

Quinta, 13.

Aquela alcateia de gatos assanhados por um candidato à presidência, nada tem a ver com o cargo, mas com os interesses económicos, políticos e a grande ambição socialista pela riqueza e penacho. António José Seguro, o único homem sério e desinteressado, independente e competente para o cargo, não interessa aos socialistas amantes dos cargos públicos, das negociatas com os privados, do núcleo daquele que tudo fez em proveito próprio quando se apropriou do partido correndo com a insigne figura desprendida das benesses públicas. Todos os partidos com lideranças estáveis já apresentaram o seu candidato a Belém, o PS continua mergulhado em reuniões, em falatório, em esquemas, com os seus líderes a atirar farpas ao camarada que se afastou dos jogos de poder, da corrupção, que percebeu cedo quem era aquele que passou um ano em Paris a aprender francês e a tocar piano, ladrão de primeira ordem, que se pavoneia na marginal da Ericeira, peito inchado, cara à banda, a estender o tempo com recursos pelos tribunais, de modo a poder escapar à prisão por prescrição dos prazos judiciais. João Miguel Tavares, como sempre brilhante colunista, falou primeiro do ódio que a gente do PS tem contra o ex-primeiro ministro e ex-secretário-geral do partido corrido por António Costa que não progrediu nas sondagens como dizia fazer; e hoje abordou aquele que merece os améns do partido dos negócios: António Vitorino. A lista das empresas, as negociatas, os cargos públicos e privados, os grandes negócios que o senhor tem ou teve, a rede de lóbis que manobrou, e eu desconhecia mas não eram ignorados de Ana Jorge, é im-pre-ssi-o-nante. A tal ponto que eu digo como J.M.T. que se fosse ao cómico Vitorino, não renunciaria a nada do que tem por um salário irrelevante para a Presidência da República. O homem deve ser milionário com tanto negócio debaixo de olho. E votarei António José Seguro, observado o panorama dos arpoados artistas da cena política. Que podridão vai por aquele partido dito socialista. Céus! Repito mais uma vez: quando na minha vida activa tive de trabalhar com homens de negócios nacionais (e foram dezenas), admirava-me vê-los desabafar: “Nós preferimos o PS ao PSD.“ Quando lhes retribuía a minha estranheza, eles respondiam: “Ganhamos mais com os socialistas.”  

         - Na capa do Público de hoje, está estampada toda a manigância de dois homens que tanto se odeiam como se identificam: o especulador imobiliário americano e o ditador russo que não viverá muito tempo. 

         - Fui à natação. Quando entrei, lá estavam os velhotes nus a falar sobre o Benfica que... Um deles, magro, com dignidade mesmo despido, atraiu a minha atenção. Vestia-se a um canto dos chuveiros, com gestos vagarosos e belos, o corpo esbelto contorcendo-se a cada movimento, mas todo ele era a imagem de um passado que o tempo não havia consumido de barrigadas de cozido à portuguesa, coscorões, moelas com picante, rojões, pés de coentrada, francesinhas, litros de tinto e pastéis de nata portugueses para rematar.