Segunda, 4.
Quando Luís Montenegro falou em libertar a escola das “amarras a projectos ideológicos de facção”, o ex-ministro do Governo de má memória, Sr. João Costa, apressou-se a chamar ao proposto pelo primeiro-ministro, um “retrocesso civilizacional”. Pois é. Quem lhe responde à letra, em artigo ontem no Púbico, é o professor João Marôco. Aconselho a sua leitura que não se restringe ao momento, vai lá atrás acusar os sucessivos ministros da Educação de preferirem os portugueses reduzidos à escolaridade obrigatória, que nada tem a ver com Cultura. A esta gente, a quarta classe, basta. Quanto mais analfabetos, humildes e alienados ao futebol enquanto pilar do “bom povo português”, melhor.
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Eis a nossa triste situação e matéria de Leitura, Matemática e Ciência. |
- O meu Centro de Saúde era exemplar em tudo. Hoje é um desastre e a razão foi-me transmitida: a tomada extraordinária de gente vinda do Nepal, Afeganistão, Índia, África. Elas com filhos na barriga; eles com toda a sorte de doenças que a pobreza e a miséria produzem. Acresce que há pouco pessoal auxiliar e médico para esta avalanche que serve os mafiosos para ganhar muito dinheiro ao trazê-los para o nosso país onde a saúde é à borla. Esta é mais uma obra transgressora de António Costa. Faz muito bem Luís Montenegro em estabelecer regras de entrada no nosso país, de contrário somos nós os prejudicados e a ira contra os imigrantes vai entrar em fase de ódio – os pobres não têm culpa. Ficam bem os socialistas contentinhos com as suas ideologias, mas a prazo são os portugueses que vão sofrer (já sofrem) com o SNS de pantanas.
- O desplante do Vasco Gonçalves não sei como classificá-lo. Tudo o que ele condena ao Governo actual, foi exactamente aquilo que os socialistas fizeram. Por exemplo. Ele reprova ao primeiro-ministro não ter ainda ido aos locais onde a desordem e o crime imperou e fala de leis que não são aplicadas ou deviam ter sido ordenadas, mas omite as dezenas e dezenas de decretos-lei criados por Costa, muitos deles renovados ou esquecidos três ou quatro dias depois de terem sido publicados. Dir-me-ão, mas este secretário-geral do PS não é António Costa. Compreendo. Não ignoro, todavia, que ele quis fazer esquecer o reinado do seu antecessor e o resultado está à vista: da escolha dos eurodeputados à forma atabalhoada como se tem imposto ao país. O homem não tem sensibilidade, não possui grandeza, personalidade, saber para ocupar o cargo. Só o radicalismo partidário não vê o que salta à vista de qualquer pessoa que pensa, observa e avalia.
- Outra tragédia se anuncia para o Sul de Espanha. Desta vez o temporal parece ir-se deslocar para Barcelona. Seja como for, em Valência e burgos adjacentes, a água que entretanto caiu, aumentou a desgraça voltando a inundar e a criar lodaçal sobre lodaçal. Os atingidos gritam por socorro, têm fome e frio, estão sem tecto nem lugar onde dormir, têm a vida virada do avesso. Sánchez, do interior confortável do palácio de Moncloa, fala em prender os criminosos, promete, promete mas não ousa descer ao terreno onde os infelizes o enxameiam de ignomínia.