Domingo, 7.
Citações. Estas chegam de Pacheco Pereira no Público de ontem: “No ano em que comemoramos um dos raros génios nacionais, Camões, continuamos indiferentes aos estragos que a nossa língua teve com o Acordo Ortográfico”, terminando o artigo assim: “Os patriotas do futebol querem lá saber disto tudo.” Recordo que o AO foi, em 2011, oficialmente e de forma ditatorial, mandado aplicar “apenas” nos serviços administrativos e escolares por José Sócrates, esse mesmo que depois de regressar de Paris e ter sido preso no aeroporto, por tudo e por nada, falava de “narrativa” - a única palavra que aprendeu na Sorbonne que diz ter frequentado. Um génio de diploma de engenheiro tirado ao domingo. E naturalmente um líder político de abrolha.
- Marcelo que distribui comendas como quem dá esmolas, dizem os jornais, que condecorou sua sublimidade o bispo de Setúbal, cardeal Américo Aguiar. Este técnico religioso, a mim não me convence e por ele não me aproximo de Cristo. Apetece-me citar o Eclésias: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
- É curioso que Viktor Orbán, assim que assumiu a presidência do Conselho da UE, despachou-se para uma visita rápida a Zelenski e outra ao ditador Putin. Que andará o homem congeminar?
- Vou fazer como os britânicos que no dia seguinte à vitória do líder do partido ganhador, logo ele se apresentou para trabalhar e já com o Governo formado. Assim eu me apresso a elogiar a primeira medida grandiosa de Keir Starmer: a estúpida lei que trata os imigrantes de escravos, atirando-os do avião para um qualquer terreno baldio no Ruanda foi anulada.