Domingo, 1 de Dezembro.
António Costa foi investido de Presidente do Conselho Europeu e prometeu servir a UE como serviu Lisboa e Portugal. Se assim for, pobre da União Europeia e países nela reunidos. Desejo sinceramente que ele tenha assessores capazes de o orientar, porque de contrário a desordem, a balbúrdia, a propaganda, a paralisia e o desleixo vão sacudir fortemente a Europa. Ele gaba-se de ser um político astuto, mas se assim é, durante os oito anos que governou este pobre e humilde país, pela escolha dos seus ministros e pessoal de referência, o modo vagaroso e deixa andar, a corrupção que se instalou, a desvergonha que correu por todo o lado, são o oposto da imagem que nos quer vender.
- O Vasco Gonçalves que se lhe seguiu, é igual por outras razões. A primeira é que quer obscurecer o período do seu antecessor; a segunda quer impor-se pela esquerda e está à vista que nada na sua política tem consistência e sensibilidade. Melhor constatação não há como a que se passou com a discussão do Orçamento de Estado. Tudo aquilo cheira a populismo, a facilidade, quase à moda do PCP e BE que se imiscuem para desorganizar e manter o projecto anti-democrático de ataque ao poder, instalando a divisão e a anarquia. Um exemplo. Todos estamos recordados, sobretudo, nós os reformados e os pobres em geral, quando Costa inventa as esmolas (que estão a ser seguidas por Montenegro), em vez de reestruturar o sistema, velho e relho, com aquela ideia de que as mulheres, por morte dos maridos, devem auferir uma talhada da reforma deles, como se ainda estivéssemos no tempo do Estado Novo com as mulheres em casa a tratar dos filhos e submissas aos queridos esposos, portanto, sem pensarem na igualdade dos sexos e libertação da libido lançada ao desbarato sobre os instintos rebeldes... Mais: aquilo que os socialistas não quiseram dar para manterem a imagem das “contas certas” (que se veio a revelar uma aldrabice), exigem agora do PSD ao votarem o aumento das reformas e aposentações. Que comédia, hein!
- Esboça-se uma visão do pós-guerra para a Ucrânia? Os de esquerda, dizem que sempre falaram de paz embora quando se lhes pergunta que paz é a sua, percebe-se que é deixar Putin, o agressor, o ladrão, com tudo o que roubou. Parece ser essa também a ideia de Zelensky mas em troca da entrada do país para a NATO. Quer dizer, a Europa fez muito pouco e o pouco que fez foi tarde e a más horas, deixou que Putin avançasse, destruísse e matasse, e pensa que o ditador vai consentir naquilo que impede que o império com que sonha veja a luz do dia. São tão inocentes e tontos os nossos políticos! Se a Ucrânia capitular a esse ponto, sai derrotada e de cabeça baixa ante um indivíduo assassino e desumano, corrupto e invasor. Depois, tarde ou cedo, à boa maneira da história russa, sobre este acordo se levantará outra guerra e outros sofrimentos humanos. Tem sido sempre assim e assim será.
- A nossa querida esquerda, reuniu-se para aprovar na Assembleia da República um louvor na forma de voto de pesar, ao pai das senhoritas Joana e Mariana Mortágua. Que fez o revolucionário? Lutou contra o Estado Novo (tudo bem), participou no assalto ao paquete Santa Maria, no desvio de um avião da TAP para lançar folhetos contra o regime, assaltou a filial do Banco de Portugal na Figueira da Foz, por necessidade de meios financeiros para a actividade antifascista. Estas acções, ditas revolucionárias, vemo-las por todo o mundo (penso no HAMAS) provando que um dia são-lhes atribuídos louvores, noutros a morte e por fim como tantas vezes acontece, os seus autores são respeitados chefes de Estado e humanistas de alto coturno.