Sexta, 20.
Os mil e tal fogos que por todo o país serpentearam, estão na grossa maioria terminados. Contudo, aquelas meninas que dizem ser jornalistas, como ontem aconteceu, perguntaram a um velhote como foi a noite anterior. Ele respondeu que tinha sido boa, liberto da inquietação. E ela, insatisfeita, continua: “Mas a de anteontem não foi fácil.” E logo o pobre homem se põe a chorar a contar o terror por que passou. A jornalista sentia-se a melhor da sua geração, a notícia aconteceu. Foi na RTP1 mas podia ter sido na SIC ou TVI. E lembrar-me eu da exigência que nos era imposta nas redacções dos jornais! A informação dos nossos dias, tem as mãos sujas de sangue, suor e lágrimas.
- Como será a Terceira Guerra Mundial que se aproxima? A avaliar pelas tecnologias que por aí se desenvolvem, vamos ter um conflito de uma covardia impressionante e sádica. Já não vai ser homem contra homem, vai ser o céu incendiado de bombas, satélites, armas teleguiadas, coisas monstruosas e sinistras que voam de distâncias imensas para atingirem o alvo a milhares de quilómetros no espaço a uma precisão de milímetro. Ninguém está a salvo e ganha quem for mais ousado no armamento tecnologicamente mais avançado e maligno. Uma pequena amostra aconteceu nestes dias quando os homens do Herbollah ligaram os seus portáveis ou pagers ou walkie-talkies e estes explodiram matando e ferindo não só o dono deles, ainda as pessoas que estavam na imediação. Uma dezena foram mortas e pelo menos 450 feridas. Esta novidade nunca vista, parece ter a marca do senhor Netanyahu. São ataques altamente sofisticados e requerem saber e muita tecnologia. Fontes de segurança dos EUA e do Líbano afirmaram que a Mossad (o serviço de inteligência de Israel), teria colocado explosivos em milhares de pagers do Hezbollah antes de os dispositivos serem detonados no país. Eu não acredito que os EUA não soubessem do assunto, eles que fazem a guerra contra os palestinianos em conjunto.