Sábado, 14.
Ontem tive uma abada de João Corregedor. Começou na Brasileira, depois na Tasca Cardoso, ao Príncipe Real, onde ele fez questão de me oferecer o almoço, seguimos para a livraria mais adiante passando o jardim, tomámos o 727 (ele diz 27) no Largo do Rato para a Av. de Roma onde nos sentámos num pequeno café para um chá frio, as seis da tarde aproximando-se. Todo este tempo, foi uma espécie de recuperação dos dias em que ele esteve ausente no Minho como é habitual no Verão. Não se falou de política. Eureka! No entanto, temas não faltaram provando que a praga ficou lá para traz nos corredores do Parlamento.
- Às ordens do carrasco Netanyahu, morreram mais uns quantos inocentes da ONU. Ninguém consegue travar uma guerra deliberadamente genocídia, porque a hipocrisia americana, francesa e alemã (os ingleses interromperam o envio de armamento) entre outros, mantêm às claras um crime hediondo. A Cisjordânia, vai de varrida também, com 600 mortos há dias, a maioria jovens. Sem esquecer as diferente frentes de guerra e escaramuças: Síria, Líbano, Irão e, naturalmente, o Hezbollah.
- Diz Donald Trump no debate com a vedeta americana recentemente alcandorada à presidência dos Estados Unidos, que “estão a comer os cães e gatos” referindo-se aos imigrantes deixados à sua sorte nas fronteiras do país. Em tempo de guerra tudo é possível. Uma investigação independente devia estar já em curso a verificar a verdade ou inverdade – é o mínimo que me resta dizer.
- Há novos dados sobre o célebre abbé Pierre. O senhor parece que apreciava ver duas lésbicas em acção. Aos setentas anos, sentia-se excitado quando no quarto tinha a sua em saborosos (vamos dizer em latim para não chocar tanto) fellatiõne e mais as outras envolvidas. Este chique eclesiástico atravessou tempos imemoráveis da vida do dignitário da Igreja. Agora, indignados pelo forrobodó do santo, beatas e devotas das causas sociais e humanas, debatem-se por dar outro nome às iniciativas do sacerdote. Se me fosse possível entrar na indignação, diria que escolas, creches, ruas, praças, organizações religiosas passassem a ter o nome das vítimas do endiabrado abusador sexual.