Domingo, 9.
Donald Trump encarna o destino de Adolfo Hitler. Há nele uma maleficência que o transporta com toda a sua trupe de oligarcas, para uma ideia do poder que se consubstancia nele e nele cresce. A sua obsessão por ficar na história como aquele que desfez todos os compromissos que a América tomou após a II Guerra, pensando que assim reorganizará um mundo mais equilibrado sob a bandeira protectora do dinheiro e da primazia dos EUA sobre o resto das nações, é um projecto que o enterrará sob os escombros da Rússia e dos poucos países que a sustêm. Putin é mil vezes mais esperto que ele e espreita o momento de poder enterrar o seu arqui-inimigo. Quando se assistiu há dias, na ONU, à votação que condenava a invasão da Ucrânia, os EUA votarem ao lado da Rússia, Bielorrússia e Coreia do Norte, está tudo dito e esclarecido. Que a Macron não falte lucidez, pois foi ele que primeiro descortinou o estrondoso bater de portas à Europa do novo inquilino da Casa Branca. Àqueles países acrescem a Hungria de Viktor Orbán e a Roménia de Calin Georgescu. Ao longe, com a sua eterna paciência e perspicácia, está a China. Todavia, o perigo vai crescendo com o apetite de outras autocracias em marcha.
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Bem observado. |
- Toda esta desordem passa ao lado dos nossos queridos representantes do povo. É já certo que iremos de novo às urnas, e mesmo que isso nos custe vários milhões, aos nossos políticos é indiferente porque não lhes custa a ganhar. Desejo, sinceramente, que não voltemos a ser governados pelos socialistas; se o anterior foi péssimo sob a égide de António Costa, com o Vasco Gonçalves vai ser a ruína.
- Falemos, então, de coisas mais sérias e infinitamente mais profundas. Apresso-me a transcrever estas duas passagens do artigo de Frei Bento Domingues hoje no Público.
“Os cristãos só podem mandar queimar a cruz quando desaparecerem da terra as mil formas de humilhação humana que a percorrem. Descrucificar o cristianismo sem descrucificar a sorte dos ofendidos é roubar ao mundo o último grito do infinito amor solidário.”
“Quando a Palavra de Deus suscitar a imagem ou a ideia de uma ameaça à nossa liberdade e à nossa criatividade, esse deus é o diabo, aquele que nos desvia de nós mesmos. A partir de Jesus, descobrimos a única coisa que Deus quer é o nosso renascimento todos os dias, com ritmos diferentes para a nossa Páscoa eterna.”