Segunda, 12.
A guerra no Médio Oriente vai de mal a pior com a preciosa ajuda dos EUA, França e Alemanha que fornecem o necessário para que a Israel não faltem munições. Assim, mais uma vez, várias escolas foram bombardeadas em Gaza e para cima de 100 crianças morreram. Dilacera-se-me o coração ao ver as imagens de mães e pais agarrados aos filhos entrouxados num plástico para serem sepultados.
- O espectáculo de inutilidade do SNS para com as grávidas, ontem como hoje, obra degradante herdada do governo António Costa, que os seus herdeiros agora acusam o executivo de Montenegro de ter piorado, diz tudo dos políticos que se dizem democratas, adoradores do 25 de Abril e das estruturas sociais implementadas no Portugal democrático. Tudo serve à oposição como arma de arremesso, do ódio à mentira, do aproveitamento transitório ao agarramento de ideologias que provaram há muito não servir a ninguém ou, quando muito, apenas a uns quantos.
- Terminaram em grande os Jogos Olímpicos de Paris. O grandioso espectáculo do encerramento, mostrou como a França enquanto discípula dos seus maiores pensadores e artistas, soube transmitir, nos pequenos e grandes gestos, o que de melhor herdou deles: beleza, arte, cultura, magia, criatividade À sua maneira, nos tempos modernos, ela reinventou o mundo helénico, indo buscar ao passado a força que determinou terem chegado até nós, não só no desporto como na poesia, filosofia, democracia e valores humanos como princípio de união entre os povos. A França marcou para sempre um lugar em acontecimentos como este. Portugal esteve à altura, com as gerações mais novas a imporem-se em várias modalidades. Fernando Pimenta, o canonista do Norte, foi o maior pela persistência, ousadia, luta e talento. Não ouvi falar de futebol, actividade que os Gregos desconheciam. Por si só, os Olímpicos vêm provar que damos demasiada importância a uma actividade que despreza todas as outras e tornou-se a maneira mais hedionda de alienação dos povos.
- Estou enclausurado em casa. Fui esta manhã levar o carro à inspecção. Quando o técnico lhe enfiou (por assim dizer, que diabo!) pressão pelo escape, saiu uma nuvem negra de fumo. Parou tudo. Eu fui aconselhado a rebocar o carro para a oficina “sem o ligar”. Veio o ACP que o deixou na garagem em Aires, uma povoação aqui perto onde há anos confio o popó ao senhor Ângelo. Retornei à quinta de táxi. O ajudante do técnico, pô-lo a trabalhar e aparentemente tudo estava em ordem. Que se passou? O do reboque diz que são os exageros da inspecção quando força aquilo às 4.000 rotações, “eles não sabem nada de automóveis”. Toma e embrulha.