Terça, 21.
O Dono Disto Tudo, aqui no verdadeiro sentido do termo, mais conhecido por Donald J. Trump botou discurso ontem. Foi um espectáculo que me encheu de orgulho de ser... europeu e de pertencer a um continente que, apesar de tudo, permanece fiel ao seu passado humanista, cultural e colectivo. O ego do homem, a jactância e a personalidade completamente virada ao contrário, gastou uma hora com um programa sem sentido, como se com um decreto pusesse de joelhos todo o resto do mundo. Não põe, não pôs. Pelo contrário, creio que é através dele que a Europa e uma boa parte do mundo se irá organizar e desenterrar as raízes que os políticos manhosos e corruptos têm queimado. Particularmente a União Europeia vai ter de deixar para trás os seus jogos de poder, a sua ambição serôdia e trabalhar para a incolumidade pública. Um Governo formado por homens de negócio só tem um fim: o desastre. Em breve os americanos irão saber quanto lhes custou terem votado em massa num arrogante inchado de poder. Ou antes naquele que “Deus salvou de morrer no atentado para suspender o declínio da América”. Duas personagens atraíram a minha atenção: Joe Biden que não merecia escutar aquela verborreia senil; o filho mais novo que parecia vaguear sobre um mundo de alucinados.
- Não terminei nem sei se estou próximo disso o romance consagrado a Ana Boavida. Contudo, já outros dois me enchem o cérebro e me inquietam o sono e os meus dias, sobretudo as horas nas estações à espera do fertagus ou quando passeio pelas ruas de Lisboa. Há uma excitação imensa que labora dentro de mim, um atropelo de gente, imagens, frases, situações que exigem o registo imediato desta feita no iphone. É uma espécie de sinopse que corre por ali abaixo, fases soltas, formulação das personagens, detalhes, etc..
- A verdade é esta infinitamente mais leve porque nos deixa com um sorriso macaco no rosto: Manuel Luís Goucha (o homem dos ecrãs), voltou a pedir em casamento o seu marido de várias décadas. Não é tão belo pela afronta que ele faz a Donald Trump que impõe apenas dois géneros: feminino e masculino. Eu conheci em tempos esta personagem de sorriso profissional sempre aberto. Não era pessoa que quisesse ter para convívio, ainda que reconheça que o homem evoluiu muito. Há, todavia, uma vulgaridade que permanece e não faz o meu género.
- Fui à piscina sob chuva torrencial. De resto, segundo me dizem, a noite foi do piorio com ventos doidos, vergastadas de água, inundações, e tudo o que as noites esconde aos dias.