Sexta, 24.
Não há nada de horroroso que não nos chegue do lado dos poderes políticos ou judiciais ou do poder tout court. Agora as atenções recaem sobre o juiz conselheiro jubilado Manuel Mota Botelho. Este senhor, durante anos, atraiu jovens institucionalizados, entre 15 e 17 anos, para práticas sexuais. Pagava-lhes com gelados, doces, pizas, e 25 euros quando fosse o caso. Estas cenas duraram anos, porque a população de Lagoa, nos Açores, onde o criminoso actuava e vivia, com medo da represálias, nunca o denunciou. Vai, enfim, a julgamento acusado de prostituição e aliciamento de menores. Céus a classe de juristas descarrilou! Além dos juízes conselheiros que manipularam processos a troco de milhares, chega agora também a indecência moral a manchar uma classe tão sensível para a democracia.
- Aquilo a que Israel chamou o interregno da guerra para troca de prisioneiros e reféns, está transformado numa mentira que deixa o HAMAS cheio de razão. Anteontem morreram mais 12 palestinianos na Faixa de Gaza; Israel apropria-se da Cisjordânia, conquista novas terras e expulsa pela força os palestinos aí residentes. A Netanyahu o que desde o começo lhe interessa é ganhar espaço, é expandir de forma a correr com os naturais daquele imenso território. Ele que pensava ter extinguido a maior parte do HAMAS, é vê-los organizados, como um exército, na entrega dos judeus que deteve durante um ano, mostrando que está vivo e bem vivo.
- O fogo voltou em força à Califórnia. Ajudado por ventos fortes, toma novos espaços, devora-os e deixa um rasto de terror e morte. Trump criticou Biden pela ajuda tarde e desorganizada. Veremos o que fará ele agora como Presidente; sendo certo já que algumas das suas medidas para o dia seguinte à entronização, ainda não foram cumpridas.
- A lata é tanta que surpreende o mais descontraído dos cidadãos. Então não é que o deputado do Chega que andou a roubar malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, diz que a sua pessoa e o movimento das malas foram uma construção IA para o incriminar! O partido ensinou-o a defender-se e, tal como o patrão senhor Trump, a nunca admitir erros. “Admit nothing, deny everything.”