Terça, 17.
Os crimes hediondos praticados por Netanyahu ninguém neste mundo parece poder parar. Abriu várias frentes de guerra e a todas corresponde com o ódio e o armamento de que dispõe, inesgotáveis. Ontem e anteontem, reduziu a cincas Teerão, continuou a matança de vários cientistas e responsáveis políticos e ameaça agora matar o chefe supremo o atola Ali Khamenei. A isto responde Trump, descartando-se. E, contudo, é ele que está na origem desta guerra, com o pretexto de eliminar a bomba nuclear que dizem estar nos finais da sua concretização. Se Trump lava dali as mãos, a UE, como é seu hábito, fala, fala, e nada faz.
- E todavia, a mim me parece este problema um modo de subjugar os países mais fracos e com menos condições económicas. Porque a questão não está em impedir outras nações de construírem a arma nuclear, está em haver tantos que a possuem. Qual a razão de para uns a arma ser a sua defesa principal, enquanto para outros a sega imposição de não a desenvolverem? A razão é simplesmente poder, humilhação, submissão. Eu compreenderia se todos destruíssem o armamento atómico que possuem, mas no caso actual, tal como as coisas se encontram, não pode haver mísseis nucleares bons e outros ruins. Objectar-me-ão com o tipo de regime ditatorial, onde um só homem ou clique, decide da vida e da morte do povo em contraponto com as democracias. A resposta é só uma: os EUA são uma democracia, eram-no durante a Segunda Grande Guerra, e são os únicos que até hoje utilizou aquele engenho de horror e morte. Em que ficamos, caros leitores?
- Escrevo estas linhas enquanto aguardo pelo Dear Johnson que me levará no seu carro a Lisboa. Ele tal como eu, queremos montar toldos nas nossas casas e vamos por isso à Pollux ver o que encontramos. Porque o calor aqui não pára de aumentar. Ainda por cima, não consigo avançar com o arranjo da piscina, bloqueado por não haver quem venha ver o que aconteceu à bomba. Ontem estava-se melhor em Lisboa. Passei um espaço da manhã na Brasileira, naquele ram-ram de conversa que enche o tempo e não me enche o coração. Almocei na Fnac e de seguida instalei-me no café decidido a chamar a Ana Boavida; embora ela tenha acedido ao chamamento, as minhas energias estavam por terra e daí a um tempo levantei amarras de regresso a casa.
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Um dos meus trabalhos de sábado, esta tarte de cordonizes. |