Sexta, 6.
Os muitos desastres de António Costa vão ser difíceis de eliminar. E não só. Dão também lugar à desumanização e aproveitamento de muitos outros como, neste caso, a igreja evangélica que procura o lucro servindo-se dos infelizes imigrantes. Em Loures, em condições insalubres, com duas casas de banho e duas cozinhas, foram encontradas mais de sessenta pessoas maioritariamente imigrantes, mas também portugueses. Pagam entre 270 a 370 euros e o lucro mensal da organização dita religiosa é avultado - rondará aos 12 mil euros/mês.
- A viúva do BE já de si coberta de escuro da cabeça aos pés, anda negra com o partido que dirige. Para cima de 100 camaradas deixaram o rachado que dizem ser “castrador e sem democracia”. Mas dizem mais os militantes de Santarém quanto à estratégia política pós-geringonça, acusam a direcção de afastar críticos e adoptar práticas que “envergonhariam muitos patrões”. Estas fulanas a mim nunca me enganaram, conheço-as de ginjeira.
- Marcelo deu posse ao novo Governo. Que cheiro horroroso a bafio, a terceiro mundo, a patetice! Como podemos nós confiar em gente tão convencida, que se trata por sua excelência, senhor doutor, e outros salamaleques dignos dos governantes africanos encomendados na candonga. Na cerimónia, perpassava um odor fétido a salazarismo. E no entanto, são estes “doutores” que falam assim:: “o que é que é isto?”, “de há trinta anos a esta parte”, “esta situação é impactante”, “estamos no Porto, aqui”, etc. etc. etc. etc.. No meio daquele lupanar, o único que se distinguia pela simplicidade e desinteresse pelo cargo - de resto, sempre se marimbou e esteve nas tintas para a pompa e circunstância -, foi Marcelo Rebelo de Sousa. Honra lhe seja feita.
- Ao ouvir o plano de trabalho de Luís Montenegro, o que me ocorre desejar é que consiga levar a bom porto o que promete. Há cinquenta anos que o poder se tem dividido entre esquerda e direita e ambas as facções nada fizeram que tivesse revitalizado a economia, desse dignidade aos portugueses, construísse um futuro sólido para todos. Sempre os nossos políticos gostaram das remessas de dinheiro que vêm de Bruxelas e com elas vendem todas as ideologias, fazem todas as promessas, conquistam o poder que exercem em seu proveito próprio. Estamos praticamente como há quarenta anos, fruto da alternância PSD/PS com maior incidência deste último. Criámos um povo de subsídios, nacionais e estrangeiros, temos salários baixos, inflação galopante que os míseros aumentos logo desaparecem engolidos pela ganância, pagamos impostos de país rico, somos esta indecência de povo que a esquerda mesquinha e medíocre nunca conseguiu alterar porque também ela é uma maçaroca de ambições, construções ideológicas sem base sólidas, com o mesmo discurso que eu escutava no tempo de Marcello Caetano pelos jornais onde trabalhei, quando ser de esquerda era um chique como ser católico progressista. Estamos na cauda da Europa, como estivemos no tempo de Cavaco Silva e fomos há muito ultrapassados por países da Cortina de Ferro que souberam melhor do que nós construir uma economia ao serviço de todos. Pobretões e alegretes como nos ensinou António de Oliveira Salazar.