Quarta, 20.
Todos os dias Donald Trump deita cá para fora um oligarca americano. O de hoje é em tudo igual aos outros e vem enxameado de pouca vergonha na forma continuada de sexo em grupo com raparigas muito novas. Este naipe governamental é sinistro e o mundo olha de espanto a democracia americana. Não tarda os americanos que foi a maioria a votar no voraz Presidente, vão chegar à conclusão que foi um monstruoso embuste – mais o mal está feito.
- Eu prometo sempre deixar o João a falar sozinho quando aborda questões políticas. Mas não sou capaz ante o seu sectarismo. Discutia ele o ordenado bastante mais baixo que a Assembleia da República lhe pagava quando foi deputado pelo PCP (ele diz MDP) relativamente ao que auferia no privado. Ele como todos os outros camaradas, vivem num mundo à parte, e nem se apercebem que todas as suas teorias juntas não chegaram para abater à miséria e à pobreza 2 milhões e meio de portugueses, nem tão pouco dar uma vida decente ao resto dos nossos concidadãos. Em 50 anos de democracia!
- Ontem à noite lá fui ao MUDE. A sessão estava marcada para as cinco e meia, mas começou uma hora depois. Nessa hora, havia um buffet aberto onde se servia café da Brasileira e Porto! Comigo João Corregedor, António Carmo, Alexandre e os nossos amigos empregados da instituição lisboeta. A pouco e pouco, a sala foi-se enchendo e às seis e meia estava lotada. Nesse entretanto, no ecrã, apareciam os trabalhos a concurso – coisa mazinha, sem criatividade nem originalidade (das 38 telas, aprovaria uma). Os seus autores estavam agrupados ao longo da parede de um lado da sala. Seguiu-se uma série infinda de mulheres, directoras disto e daquilo, secretárias deste ministério e do outro, discursos onde em grupos de cinco palavras lá vinha o “aqui”, os “comprimentos” e assim. Chegaram até a agradecer a presença do secretário do turismo que só veio daí a hora e meia! Cada uma daquelas criaturas, enfeitadas como se fossem para um baile de máscaras, ia despejando uma sorte nojenta de elogios umas às outras, num total desprezo pela razão que nos tinha reunido a todos. Às tantas decido abalar. Não suporto aquela arrogância saloia de quem nunca foi nada na vida e, de repente, assume a proa de um cargo para satisfazer esta hedionda moda da paridade de sexos.
- O PCP pelo esgar do João, não se importa que o ditador de extrema-direita, Vladimir Putin, utilize armas nucleares. Se não o dizem claramente, deixam implícito nos seus comentários à decisão de Biden em deixar que Zelensky, esse Nobel sucessor de Alexei Navalny, faça uso dos mísseis de longo alcance. Nem percebem que a decisão de Joe Biden é a mais acertada, por controlar e pôr em pé de igualdade os dois contendores quando se aproxima a hipótese de acordo para o fim da guerra na Ucrânia.
- Ontem, quando deixei o MUDE, a noite tinha abraçado a cidade. Tomei o metro no Terreiro do Paço iluminado para o Natal e senti uma alegria breve, como um aceno do passado, quando jovenzinho por ali parava à procura de aventuras suspeitas. Pena que tivesse pressa em chegar a casa; de contrário teria atrasado o retorno e ficado por aquelas ruas assinaladas pela minha embriaguez perigosa, onde ia jurar ter visto um rapazinho bonitinho, aloirado, perdido, achado, voltado a perder-se até haver encontrado o homem que hoje é...