Sábado, 1 de Junho.
Que entre o sociólogo António Barreto com o peso das suas opiniões sensatas e rigorosas. Na sua coluna de hoje no Público, ele fala do bom e do pior que tem a Europa enquanto construção social e política. Trago eu aqui o que há de pior porque o que há de melhor está há muito sepultado ou posto de lado por inútil, romântico, fora da realidade do mundo dos nossos dias.
“Ficámos seduzidos pelo exibicionismo dos ricos, dos frequentadores de casino e dos permanentes de capa de revista. Apostámos em trazer cá para dentro os piores dos mais ricos do mundo. Recebemos, com honras de aristocratas ou heróis, oligarcas de todos os continentes, de todos os mercados negros, de todas as máfias do planeta Acreditámos na abertura desbragada das fronteiras, sem perceber que estávamos a estimular a clandestinidade, a legalidade e a marginalidade. Recorremos desenfreadamente ao trabalho imigrante que permite aos europeus descansar e dar-lhes tempo de divertimento.”
- Enfim, tanto os EUA como a Alemanha, entraram na lógica correcta que deve orientar a guerra da Ucrânia contra o ditador Putin e o alcoólico Dmitri Medvedev: o reconhecimento ao direito de se defender dos mísseis disparados de território russo com o armamento fornecido por americanos, alemães ou ingleses até aqui, três anos depois da invasão da Rússia, impedidos de o fazer. A França há muito que havia contestado esta bizarra decisão dos seus pares. Portugal, como sempre, sem personalidade, segue o ditado: “Maria vai com as outras”.
- Não se percebe a razão que leva os extremistas da extra-esquerda – BE e PCP – a quererem assento no Parlamento Europeu. Se estão contra a UE, por que almejam estar no hemiciclo de Bruxelas! A menos que, enquanto discípulos ferrenhos do marxismo-leninismo, tenham a ambição de destruir a Organização por dentro. Acredito que os portugueses os vão enxotar de tal afoiteza.