segunda-feira, outubro 07, 2024

Segunda, 7.

No Médio Oriente o estado de alerta é total. Faz hoje um ano que Israel foi atacado por um grupo de apóstolos do HAMAS, numa acção terrorista sem precedentes, que desde logo os próprios israelitas se interrogaram como foi possível num país tido por ultra-seguro. O laxismo da defesa, deve-se em grande parte a Netanyahu, que por conveniências pessoais, deixou o HAMAS com rédea solta. Aos mil e tal mortos no terreno e aos cento e poucos reféns, seguiu-se uma guerra que até agora (os números são o que são), matou para cima de 41 mil palestinianos. O que revolta é a desproporção e ainda por cima sem obter resultados. Não se sabe se os reféns estão vivos ou mortos. O que é líquido é que Netanyahu não conseguiu até agora realizar a promessa de os trazer vivos ao convívio dos seus. E também que os Estados Unidos estão mais opulentos com a venda de armas, os ricos judeus americanos crescem de orgulho, enquanto um país agoniza na miséria e nas ruinas de uma guerra desigual.  

         - Até me custa falar dos momentos preexcelentes ontem diante da TV a ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven, dirigida por Andris Nelsons, transmitida de Viena pela ARTE. Eu tinha por referência a interpretação e direcção de orquestra do maestro Kurt Masur, mas agora vacilo porque Nelsons introduziu uma dimensão artística sublime, cheia de contrastes, de uma sensibilidade pura, servida por um coro que nem de pauta precisou, e me deixou colado ao ecrã, magnetizado.  

         - A Europa vai-se juntando ao Brasil, México, e outros países latino-americanos onde o crime ligado à droga tomou de assalto o poder. Neste pobre e triste país, há dias, num bairro que eu conheço bem, Penha de França, foram assassinadas três pessoas, aparentemente por desentendimento com o dono de uma barbearia. Os três suspeitos do crime, entraram no estabelecimento, pediram para cortar o cabelo, não gostaram da resposta do barbeiro e mataram o dono e duas pessoas que ali se encontravam e fugiram para parte incerta. A polícia anda no seu encalço e associa o crime à droga.         

         Em França idênticas situações, mas mais horripilantes. Na semana passada, morreram duas crianças de 12 e 15 anos, envolvidas em crimes de narcotraficantes, que tinham sido pagas para matar. Uma delas, actuou a mando do criminoso directamente da cadeia onde estava preso. Parece que os milhares de adolescentes que chegam de Marrocos e dos países africanos à Europa, são apanhados pelas redes destes mafiosos. Vivem na extrema miséria, aceitam 100 euros para liquidarem qualquer pessoa. 

         - Faz bem Luís Montenegro em não entrar no jogo do Vasco Gonçalves do PS no que concerne ao OE2025. É melhor irmos a votos que ficarmos reféns de um partido que nos arruinou e do qual, pessoalmente, estou farto. Tenho a certeza que o povo português não quererá para os próximos anos ser governado pela clique sinistra que se diz socialista. Preocuparam-se com “as contas certas” porque essa fama nunca desde o 25 de Abril fora crachá que pudessem exibir. E fizeram-no à força da paralisação da vida económica do país, dos aumentos de impostos às empresas, do não investimento, das esmolas em vez da construção sólida de padrões de dignidade humana e profissional, deixaram Portugal numa ruína social, cheio de precários, numa desordem onde só eram favorecidos os amigalhaços, aqueles que desciam à rua em protesto, os barões dos sindicatos, a indiferença às reais necessidades das pessoas que não contavam nada para estes socialistas de meia-tigela, alhearam-se do esforço dos jovens, deixaram que eles partissem para longe porque aqui passavam fome ou viviam à conta dos pais, pregaram com arrogância a sua ideologia fraca, coqueiral, populista, mas foi o seu imobilismo que nos suspendeu com dois milhões e meio de pobres que devia ser a sua maior vergonha enquanto socialistas e governantes de um pobre e abandonado país, remetido para os idos do desenvolvimento e da decência humana.