segunda-feira, maio 19, 2025

Segunda, 19.

De uma maneira geral estou de acordo com os meus compatriotas e só lamento a subida do Chega que não apresentou qualquer programa, serviu-se da doença súbita do seu génio, e não tem nenhuma ideia consistente para governar o país. O seu líder é um bluff e um arruaceiro que usa meios poucos dignos em política como na vida tout court. Dito isto, há que louvar o desaparecimento de Pedro Nuno Santos, enfim, aqui nomeado. O homem é medíocre, violento, sem experiência de vida, vingativo. Basta ouvir o que ele disse no acto da derrota, vinculando o seu sucessor a não aceitar nada que venha de Luís Montenegro. Também apreciei a derrota de toda a esquerda que vive ainda no tempo da outra senhora e não percebe absolutamente nada do “nosso povo”. Acima de grupos e grupelhos, fiquei feliz pela infelicidade da viúva do BE, vai ficar a falar sozinha na Assembleia da República ou a segredar à solitária comadre dos cãezinhos e gatinhos. Quanto ao mais, estarei atento à governação de Luís Montenegro e da sua equipa. O essencial foi alcançado, resta a política que se segue. Na ponta final no lugar vergonhoso, equiparado ao Chega, em que o secretário-geral do PS deixou o partido, acresce o exemplo do corrupto (o último) Eduardo Vítor Rodrigues, autarca de Gaia. O Partido Socialista desaparece em beleza graças ao actual dirigente e a António Costa que deixou o país num pântano. Este  serviu-se do país para alcançar um lugar que nem sequer é eleito pelos europeus; aquele serviu-se do partido como sobrevivência pessoal dramática. Reconhecer isto por parte dos socialistas é impossível, porque os partidos não têm gente, têm carneiros. Da tristeza da abstenção ninguém fala, e no entanto isso é bem mais trágico que a dança dos lugares.