Sábado, 11.
Uma amostra do que pode ser o inferno, está na Califórnia. Há três semanas que um incêndio medonho corre uma área imensa de mais de 150 km2, ceifando tudo o que encontra no caminho: pessoas (pelo menos onze morreram), mais de 10 mil habitações reduzidas a cinzas, carros transformados em carcaças são ainda mais superiores, para cima de 300 mil pessoas sem electricidade, pelo menos 200 mil pessoas foram evacuadas. quase toda Los Angeles reduzida a um campo imenso de ruínas que surpreende e faz medo. O fogo não conhece ricos e pobres, e aqueles (sobretudo artistas e milionarios) ficaram sem as suas residências e estes sem nada. O prejuízo ascende a vários milhões de dólares. Os cientistas, atiram as culpas para o aquecimento terrestre, até porque nos Estados vizinhos, a neve cai em quantidade considerável. A conclusão é de Alexandra Lucas Pires: “Os fogos na Califórnia são uma espécie de última chamada sobre o que estamos a fazer aqui na Terra. Como vivemos, o que comemos e vestimos, como nos deslocamos.” (Abro um parêntesis para convidar os meus leitores a ir ver a chegada ao Parlamento a nobreza dos nossos deputados, incluindo os Verdes.) “Todos os combustíveis fosseis que continuam a ser queimados. Todos os milionários que continuam a viver disso. Um paraíso onde vivem muitos desses milionários, ou quem os influencia, têm agora um vislumbre do inferno. Hollywood está a ver o filme das nossas vidas – se não pararmos já.”
- O Presidente da Câmara de Lisboa, deu o tema para as marchas deste ano: “A alma de Lisboa”. A Alma de Lisboa! Lisboa tem alma, Sr. Moedas! Viva a santa ignorância.
- Hoje, pensando nos tempos do Mário que não possuía fogão a gás ou eléctrico no seu pequeno apartamento, em Lisboa, e tinha o hábito de fazer excelentes doces e outros pratos na sua cloche, fui desenterrar a minha para confeccionar um bolo. Como há anos não utilizava a dita cloche, o que saiu foi um imenso torresmo que eu para salvar a honra da casa, chamo bolo de laranja.