terça-feira, dezembro 17, 2024

Terça, 17.

Apesar do meu olho esquerdo não estar nas melhores condições (tenho a operação marcada para dia 31 se os queridos médicos não fizerem folga natalícia), posso considerar o ano que agora finda, uma maravilha. Li coisas fabulosas, meditei sobre elas, desenvolvi os meus conhecimentos, fui feliz abraçado aos milhares de horas de leitura, linha a linha, página a página. Enriqueci-me de tal maneira que seria meu prazer honrar como livro do ano, todos os títulos que aqui apresento. Contudo, para ser sincero, escolhi uns quantos a que aponho a minha coroa de glória. 


Misericórdia – Lídia Jorge (Livro do Ano)

A Natureza dos Deuses - A Adivinhação (Textos Filosóficos vol. 3) – Marco Túlio Cícero 

Sonata para Surdos – Frederico Pedreira 

Deus na Escuridão – Valter Hugo Mãe (Livro do Ano)

Memórias Minhas – Manuel Alegre 

A Desoras (diário 2017-2023) – Marcello Duarte Mathias

Un hosanna sans fin – Jean d´Ormesson

Diário Incontínuo – Mário Cláudio 

Deixa a Chuva Cair – Paul Bowles (Livro do Ano)

Uma obra portuguesa de Claude-Joseph Vernet – Paulo Santos 

Acta Est Fabula (vol. V) – Eugénio Lisboa 

Férias em Paris – Somerset Maugham (Livro do Ano) 

L´ Exile et le Royaume – Albert Camus 

Patriota – Alexei Navalny (Livro do Ano) 

Crónica dos Sentimentos – Alexander Kluge (Livro do Ano)

Le Golem de Prague – Vitalis 


         - Fui à piscina. Por felicidade à hora matutina a que cheguei, tive a sorte de ter uma faixa só para mim. Ali perto, observando-me, um olho no meu físico encantador e outro na manjedoura do telemóvel, durante uma hora, dois rapazes. Levantei amarras assim que vi chegar um enxame de baleias, inchadas, sorridentes, para a ginástica ao som de música e gritinhos histéricos. Os jovens partiram também, mas para os balneários onde estiveram, nus, em mofavas que não deu para decifrar.