terça-feira, novembro 19, 2024

Terça, 19.

O mundo começa a preparar-se para a guerra. Eu sou dos que acreditam que Putin no seu estado normal é isso que pretende. O problema é a entrada em cena de Trump e seus amigalhaços com seus códigos de honra, e a Europa dividida como sempre esteve na ajuda e compreensão dos objectivos do ditador no concerne à Ucrânia e ao Ocidente. Continuo a pensar que o que disse no início deste ano, vai realizar-se. 

         - Alinho estas linhas na FNAC. Vou trabalhando enquanto faço tempo para corresponder ao convite que me foi feito para estar presente no MUDE, na apresentação dos pintores e suas obras, que irão substituir os quadros dos grandes mestres que se ausentam da Brasileira para restauro e limpeza. 

         - Vou escrevendo, desmotivado. O meu país e os horizontes rasgados, não são lugares que se recomendem para viver. Todavia, de súbito, uma nota de esperança. Aqui na mesa ao lado desta onde estou sentado, apareceram dois rapazes que talvez nem dezoito anos tenham. Observo-os. Os dois foram ao balcão e pediram um café e um sumo. Voltaram para as mesas e num conciliado tomam as bebidas, pausadamente. Demoram-se pouco à mesa. Levantam-se, vão depositar as bandejas no balcão, agradecem ao empregado brasileiro, voltam para pegar as mochilas e arrumam as cadeiras como as tinham encontrado ao chegar. E eu de mim para mim: “Ainda há disto, hoje?” Vou voltar ao convício de Ana Boavida mais encorajado.