Quinta, 20.
Como se previa, o ditador Putin, passou a perna ao déspota Donald Trump. A guerra sempre entreteve a América, fanática de jogos que rendem biliões. O mundo caminha a passos largos para o abismo, ao comando uma rede de políticos mentirosos, gananciosos, corruptos, medíocres.
- Enquanto isso, nós por cá, vamo-nos entretendo com futebol, concursos, canções pornográficas, questiúnculas entre o líder do PS e do PSD, com o Chega de premeio em bicos de pés e o bando das esquerdas aos gritinhos desesperados “nós estamos aqui”. Vê-se na realidade de tudo. Como aquela de Vasco Gonçalves comparar Montenegro ao ladrão socialista. Aqui deixo a conclusão de um excelente artigo de Manuel Carvalho: “Quando Montenegro se diz o homem mais transparente da democracia ocidental, quando Pedro Nuno dos Santos (até me arrepio ao escrever este nome...) recusa distinguir Montenegro de José Sócrates, estamos conversados. Uma campanha civilizada sobre o país e os portugueses? Esperem sentados.”
- Martinho, assim lhe chamam os meteorologistas, terno diminutivo que se apresentou como um furão que levou tudo na frente. Eu que nunca acordo de noite, fui sacudido ontem por o uivar do vento, que parecia sair da terra em espiral, transformando tudo em trastes sem préstimo, a mais de 120 km/hora: árvores, prédios, na Ponte 25 de Abril deitou dois carros de bom porte, uma avioneta, catenárias das ferrovias, vários veículos desfeitos, inundações por todo o lado, ondas de 5 metros em Setúbal e Lisboa, que mais sei eu que, logo ao me erguer da cama, me pus a contar quantas árvores tinham caído, se podia sair da quinta... Felizmente, por aqui, nada houve a registar. As TV encarregaram-se de oferecer o conjunto de horrores de Norte a Sul do país.
- Ontem, quando nos encontrámos para um almoço no Celeiro, a Maria de Lurdes atirou: “Então vem a Lisboa com um tempo destes?!” Respondi que a mim e à minha liberdade querida, nada nem ninguém fará obstáculo. Antes, tinha estado na Fnac às voltas com o tricot durante três horas. Fui e vim sem chuva de maior e nenhum vento, contrariamente ao que nos prometiam. Encontro agradável com a uma amiga de longa data, cujo carácter tanto aprecio a par de uma vida vivida nos ensinamentos que nos enriquecem, sobretudo quando as dores vastas da rede familiar se conseguem reconstruir.
- No fertagus, uma mulher saca da carteira três telemóveis - em nenhum deles colheu os frutos que precisava atendendo às moafas que pelo seu rosto perpassavam.
- No barbeiro esta manhã. Pergunta o cliente: “O meu amigo como é que veio pá´qui viver? – Porque gostei do castelo. – Do castelo! – surpreende-se o freguês. – Do castelo e do vinho.” Resposta do sujeito que estava a meu lado esperando vez: “E que mais precisa um homem!”