Terça, 10.
No PS onde a monocromia é a base de sustentação, não autoriza que nenhum membro se distinga do seu Secretário-Geral. Antes tinha sido o homem que governa a autarquia de Loures, agora a senhora que dirige a de Alpiarça. Esta, lúcida e competente autarca, trouxe para a opinião pública uma regra que devia imperar sobre todo o território: o equilíbrio, a decência, a justiça. Isto porque o município decidiu incluir "não só a documentação necessária para instruir a candidatura a estes benefícios" (referia-se aos subsídios de inclusão social), como ainda uma cláusula que prevê que podem ser excluídas as candidaturas em que o agregado familiar 'exiba sinais exteriores de riqueza não consonantes ou incongruentes com a declaração de rendimentos apresentada'". Isto parece lógico. Mas não é. No entender de Vasco Gonçalves, a proposta de Sónia Sanfona (que pena o apelido), compara-se ao discurso do Chega. Tal e qual. Portanto, que o Estado continue a apoiar as famílias cujos filhos chegam à escola de BMW e Mercedes, vivam em palacetes e passem férias nas praias de Cuba, isso não deve ter nada a ver com os subsídios que à verdadeira pobreza faltam.
- Aquilo pareceu um passeio que partiu do Norte para chegar em festa a Damasco onde o tirano já lá não estava para receber os guerreiros do Daesch sugado por outro tirano de seu nome Vladimir Putin. A Síria não se rendeu, os novos homens pura e simplesmente instalaram-se, invadindo o Palácio Real, pilhando o que puderam, incendiando e por minutos, instalados nas poltronas de ouro, serem monarcas para a fotografia. O que se segue, é uma incógnita. Neste entretanto, precavendo-se do pior, o outro tirado israelita mandou bombardear dezenas de lugares onde julga poder vir em breve o ataque. Quanto ao assassino de Moscovo, revelou a fraqueza, denunciou o estado da sua economia, impossibilitado em fazer outras guerras para além da Ucrânia. O mundo não precisava de mais este monstro, mas tudo converge para a catástrofe mundial.
- Ontem aconteceu uma cena curiosa. O Carlos (ou não fora ele africano), perdeu-se por Lisboa, o tempo ausentou-se, a reinação e curiosidade impuseram-se. Quando bateram 10 da noite, decidi subir para dormir tendo-lhe telefonado uma hora antes a lembrar-lhe que isto não é nenhum hotel. Como é meu hábito, assim que caí na cama, logo o sono me abraçou. A dada altura, ouvi dois estrondos na porta principal da casa, acordei meio sobressaltado e depois lembrei-me que devia ser ele. Desci. Fazia um frio medonho lá fora, o pobre do Carlos entra e nem trocámos quase palavras e cada um entrou no seu quarto. Hoje de manhã, ao pequeno almoço, ele disse-me que ficou quase meia hora a bater na porta da cozinha (do lado oposto) e já se preparava para dormir no meu carro. Felizmente que tal não aconteceu. Porque quando peguei nele, estava totalmente coberto por uma espessa camada de gelo.
- Fui à piscina – não é lugar que se recomende com este frio.