Quinta, 29.
Somos um país pequeno, onde não se passa nada de relevante e daí que uma simples afirmação de um ilustrado político nos dê de cartola um vómito. É o caso do Vasco Gonçalves e do senhor Carlos César, presidente do PS. São dois homens com uma lata e desvergonha infinitas. São capazes de tudo e mais alguma coisa para responder à aflição dos seus correligionários que não sabem viver na oposição. Tudo o que eles condenam a Montenegro, foi o que não conseguiram realizar, deixando o país mergulhado num caos durante oito anos. Qualquer partido que viesse depois dos socialistas, teria um esforço hercúleo para mudar a orientação da nação. Eu louvo a coragem de Montenegro e da sua equipa, ainda que não goste de muita coisa e muita dela assemelhando-se ao que António Costa fez.
- Comecei a acartar o que resta da lenha dos jeniperus grandis cortados há mais de dez anos para o telheiro onde ficará à mão de semear. Poupei-me a mim e aos gastos de água, não regando hoje o que era de ofício diário.
- Lamento imenso por que passa aos 86 anos a Piedade. O neto meteu em casa mais uma mulher, desta vez uma brasileira. Afinal a anterior vai mesmo dar à luz um bebé, e o restaurante que ele adquiriu, está fechado e as despesas a correr na mesma. Além deste quadro já de si complicado, o neto surripiou uns milhares da conta conjunta, deixando-a quase a zero – sem dizer nada à avó que, sendo analfabeta, também pouco ou nada sabe de bancos. Acresce que a brasileira, mãe de uma rapariga de 13 anos, disse à Piedade que era ela que ia tomar conta da casa porque “você já não consegue”. Ela veio aí num pranto, a tensão a 16, toda definhada pelo sofrimento. Dei-lhe coragem, disse que contasse comigo e incentivei-a a ir ao banco com o irmão retirar o dinheiro que resta para uma conta pessoal. Ele, devorado pela droga, obrigou a avó a desfazer-se de um andar que tinha numa povoação aqui perto. Na sua loucura e ignorância, vendeu-o por 30 mil euros – uma insignificância nos dias de hoje. A parte que lhe coube, já voou; a outra metade da avó, também já se eclipsou. Disse-me que tinha medo que ele a agredisse. Família para que vos quero!